Media: Jornal «A Guarda» é um «ícone» e uma «marca» do território

Este órgão de comunicação social recebeu uma medalha de honra do município nos 120 anos da sua fundação

Foto: Agência ECCLESIA/LFS

Guarda, 28 nov 2024 (Ecclesia) – A Câmara Municipal da Guarda condecorou o semanário católico-regionalista da cidade com a medalha de honra do município, Grau Prata, e descerrou uma placa comemorativa nos 120 deste jornal.

“Não é todos os dias que nós vemos um jornal local, semanário, com 120 anos e devemos agradecer muito a todos aqueles que contribuíram para que o jornal «A Guarda continuasse de uma forma resistente e resiliente ao longo de 120 anos e continuar a ser aquilo que sempre foi, sempre é e continuará a ser porque é um ícone, é uma marca do nosso território”, disse Sérgio Costa, presidente da Câmara Municipal da Guarda, à Agência ECCLESIA.

O jornal «A Guarda» faz um trabalho “independente” porque retrata a notícia “como ela é” e tem sido “a voz e o retrato da notícia pura como ela é” porque isso “recebe esta justa homenagem, a medalha e a placa comemorativa”, afirmou Sérgio Costa.

«A Guarda», semanário católico-regionalista fundado em 15 de maio de 1904, é um dos poucos jornais centenários que ainda se publicam em Portugal.

Foto: Agência ECCLESIA/LFS

Ao longo de décadas de publicação, as páginas deste semanário são o testemunho de acontecimentos locais, regionais, nacionais e também mundiais.

“Em relação ao passado, temos de agradecer muito a todos aqueles que deram início a manter este projeto, não só aos diretores, mas também aos colaboradores e, principalmente, a quem ajuda a manter este projeto, os assinantes e também todos os anunciantes, porque é graças a eles que nós continuamos a sobreviver e continuamos a pensar como é que vamos projetar estes novos tempos”, referiu o diretor do jornal, padre Francisco Barbeira, à Agência ECCLESIA.

Em relação ao futuro, este órgão de comunicação social vai apostar nas redes sociais e “olhar muito para o site do jornal”, de maneira a que “se possa chegar também às novas gerações”.

“Somos muito realistas, fazemos um jornalismo de proximidade e o objetivo é mesmo esse, estar próximo das pessoas e trabalhar para que as pessoas possam também ver em nós um meio de informação credível”, acrescentou.

Com assinantes nos quatro cantos do mundo, o jornal «A Guarda», “de vez em quando recebemos mensagens de alguns assinantes, que estão espalhados um pouco por todo o lado, que nos incentivam a continuar o nosso trabalho, porque quem está longe não sabe o que se passa se não for através do jornal. Agora há mais facilidade, mas o jornal continua a ser um meio privilegiado para divulgar as notícias aqui da nossa região”.

As autarquias do Distrito da Guarda colaboram com o jornal e “nós colaboramos também com as autarquias, divulgamos as iniciativas que fazem, procuramos estar atentos a tudo aquilo que são notícias, que possam interessar as pessoas e de facto é um trabalho que é feito em conjunto”, salientou o diretor.

Em relação à homenagem, o padre Francisco Barbeira realça que o jornal só tem “de agradecer, é uma honra para nós também reconhecerem o trabalho que fazemos, porque se não reconhecerem aquilo que fazemos, às vezes também podemos ficar um pouco desanimados, mas nós também não trabalhamos só para as medalhas”.

“Nós trabalhamos para as pessoas, para que as pessoas se sintam mais próximas umas das outras e que através do jornal possam também sentir o pulsar da cidade, sentir o pulsar desta realidade, deste concelho, de todos estes concelhos do Distrito da Guarda”, sublinhou.

Foto: Agência ECCLESIA/MC

O bispo da Guarda, D. Manuel Felício, disse à Agência ECCLESIA que a homenagem camarária “é de justiça e que nós valorizamos no sentido de motivar a continuar estes caminhos de promover os verdadeiros valores que interessam às pessoas que são humanistas e que são cristãs”.

Da Monarquia à República, da Primeira Grande Guerra à Segunda Guerra Mundial, das aparições de Fátima ao Concílio Vaticano II, dos feitos de D. Manuel Vieira de Matos a D. Manuel Felício, dos lugares mais recônditos à cidade-sede da diocese e do distrito, tudo merece destaque na história dos 120 anos do jornal «A Guarda».

LFS

 

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