Lisboa: «Um missionário no Oeste» que passa a vida a cultivar a amizade

Com 85 anos, o padre Joaquim Batalha lança livro com episódios do seu trabalho pastoral e da sua proximidade com as pessoas.

Foto: Agência ECCLESIA/LFS

Lisboa, 06 nov 2023 (Ecclesia) – O padre Joaquim Batalha, do Patriarcado de Lisboa, lançou, este domingo, a obra «Um missionário no Oeste» onde relata episódios da sua vida centrada no “cultivo da amizade” com os paroquianos.

“Tenho muitos amigos e, desde muito cedo, a minha vida tem sido a cultivar a amizade, mas especialmente desde que sou padre”, disse à Agência ECCLESIA este sacerdote com 85 anos de idade, que está há mais de três décadas em paróquias da Lourinhã.

A obra, apresentada por D. Manuel Clemente, na Casa do Oeste (Ribamar – Lourinhã) pretende “motivar a esperança” porque os tempos atuais “são muito difíceis, visto que a guerra domina as atenções”, sublinhou o este padre nascido em julho de 1938 na Achada, concelho de Mafra.

O padre Joaquim Batalha norteia a sua vida nos verbos «Ver – Julgar – Agir» porque a vida “só faz sentido quando se reflete e atua”.

Foto: Agência ECCLESIA/LFS

O patriarca emérito de Lisboa, D. Manuel Clemente, apresentou a obra «Um Missionário no Oeste» e considera que o autor absorveu “o essencial do Concílio Vaticano II, que era transformar a Igreja num instrumento de comunhão e de união das pessoas”.

Com uma atenção “permanente no lado rural do oeste” do Patriarcado de Lisboa, o padre Joaquim Batalha foi “um agricultor com os agricultores” e também “um pescador com os pescadores”, disse D. Manuel Clemente à Agência ECCLESIA.

“Quem vive aqui não pode passar sem o horizonte largo que o mar oferece”, acentuou o patriarca emérito de Lisboa.

Para D. Manuel Clemente, o autor da obra «Um Missionário no Oeste» é um “sonhador e construtor em simultâneo” porque “conseguiu sonhar e concretizar as obras”.

Com mais de uma dezena de irmãos, o padre Joaquim Batalha era o benjamim da família e começou a “aprender a arte de oleiro”, mas depois de entrar no seminário deixou este ofício.

Apesar de ter as noções básicas de oleiro, o padre Joaquim Batalha considera-se “mais agricultor e pescador” porque se envolveu “mais na vida pastoral com os homens da terra e do mar”.

Quando se celebrou os 25 e os 50 anos do Concílio Vaticano II, o sacerdote mobilizou as comunidades “a estudar este grande acontecimento da Igreja”.

“O concílio teve sempre uma grande importância na minha vida pastoral”, sublinhou.

Ao longo da vida pastoral, o padre Joaquim Batalha esteve sempre atento à importância da comunicação social na evangelização.

“Através destes meios o Evangelho pode chegar mais longe”, concluiu.

LFS

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