Lisboa: Patriarcado agradeceu «dedicação e capacidade de irradiar alegria e esperança» de D. Américo Aguiar

«Eu é que estou agradecido, eu é que estou grato, a todos os homens e mulheres, a todas as pessoas de boa vontade»,disse o novo bispo de Setúbal

Foto: Patriarcado de Lisboa

Lisboa, 26 out 2023 (Ecclesia) – O Patriarcado de Lisboa celebrou esta quarta-feira a solendiade da Dedicação da sua Catedral, uma cerimónia marcada pelo agradecimento a D. Américo Aguiar, novo bispo de Setúbal.

“A Catedral também é sinal e fator de unidade e de comunhão. Por isso, aqui reunidos em Cristo, elevamos ao Senhor o nosso louvor pela dádiva do ministério presbiteral e episcopal que o senhor D. Américo Aguiar viveu e exerceu na Igreja de Lisboa”, disse D. Rui Valério, na homilia da celebração.

O patriarca de Lisboa, que convocou o clero na diocese para esta celebração, agradeceu a “dedicação e capacidade de irradiar alegria e esperança” do até agora bispo auxiliar.

“Enquanto rosto eclesial da JMJ Lisboa 2023, o seu nome ficará ligado, para sempre, a um dos momentos históricos mais marcantes vividos pelo Patriarcado. Caro D. Américo, continuaremos a caminhar juntos na comunhão e no serviço ao Povo de Deus”, concluiu D. Rui Valério.

Em declarações à Agência ECCLESIA, antes da celebração na Sé, D. Américo Aguiar começou por assinalar que as pessoas são o “mais importante” e também “esses sentimentos de gratidão”, que tem por Lisboa, desde setembro de 2015, quando chegou a esta diocese para a Rádio Renascença, e, depois, em março de 2019, como o bispo auxiliar.

“Eu é que estou agradecido, eu é que estou grato, a todos os homens e mulheres, a todas as pessoas de boa vontade, com quem me cruzei durante estes anos; É sempre isso que levamos no coração, no nosso coração de gratidão, é a homenagem, é a bênção, podia fazer aqui um elenco tão grande de pessoas e instituições que em todos estes anos, com quem trabalhámos e de modo especial na preparação e na vivência da Jornada Mundial da Juventude, que não me canso de dizer obrigado a ‘todos, todos, todos’, como diz o Papa Francisco”, desenvolveu.

Foto Agência ECCLESIA/CB

Neste contexto, D. Américo Aguiar salientou que “é uma gratidão transversal”, a todas as profissões, ao Estado, aos privados, à sociedade civil, aos voluntários, às famílias de acolhimentos e “aos magníficos jovens” que em todo o país, em Lisboa, Setúbal e Santarém “foram os acolhedores principais da Jornada Mundial da Juventude”.

João Clemente, o responsável pelo Serviço da Juventude do Patriarcado de Lisboa, destaca que D. Américo Aguiar deixa sobretudo uma “grande entrega à construção da Jornada Mundial da Juventude”, salientando que muito daquilo que foi a JMJ Lisboa 2023 se deve também ao então bispo-auxiliar de Lisboa, “na forma como guiou, acompanhou, tudo aquilo que foi a preparação”.

“A Diocese de Lisboa também está muito grata a D. Américo por todo o trabalho que ele fez na construção da Jornada e também por aquilo que foram os outros pedidos que lhe fizeram na diocese, acompanhar a área social, por exemplo, a parte da comunicação”, acrescentou, à Agência ECCLESIA.

Segundo João Clemente, como legado, D. Américo Aguiar deixa acima de tudo “uma linguagem muito próxima das pessoas”, de uma atenção, de um cuidado, que é “uma grande marca, um pastor que se fez próximo”, chegou à Igreja de Lisboa e “quis dar a sua vida por aquilo que lhe era pedido e confiado”.

Nos últimos anos, o bispo auxiliar de Lisboa foi também o presidente da Fundação Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, e Isabel Fernandes, sua secretária desde finais de 2021, afirma que “foi uma honra e um prazer trabalhar com ele e com toda a Fundação”, referindo que especificamente no seu trabalho com D. Américo Aguiar aprendeu “muito”.

“Acho que aquilo que ele nos trouxe à Igreja em Lisboa é uma coisa que temos que fazer durar. Temos de continuar o que ele nos trouxe, ele enquanto representante da fundação, e espero seja isso que continuemos a fazer cá em Lisboa e espero que seja isso que ele vai fazer também para Setúbal”, desenvolveu a jovem do Patriarcado, revelando à Agência ECCLESIA que, de D. Américo Aguiar, guarda “o carinho e a amizade que ele tem pelas pessoas”.

No final da celebração, Patriarcado de Lisboa ofereceu a D. Américo Aguiar uma imagem de Nossa Senhora da Graça, do século XVIII, a padroeira da Diocese de Setúbal.

CB/OC

Foto: Patriarcado de Lisboa

D. Américo Aguiar toma hoje posse da Diocese de Setúbal, na Catedral sadina, numa “tomada de posse canónica”, pelas 18h00; a solene celebração eucarística é este domingo, dia 29 de outubro, pelas 16h30, também na Sé.

“Agora rumo à margem sul feliz e contente, contando com a gratidão, contando com a amizade porque a Igreja está em todas as latitudes e longitudes, e nós continuamos todos a ser pedras vivas, desta Igreja”, desenvolveu o bispo eleito de Setúbal”, disse o bispo eleito à Agência ECCLESIA.

A data de hoje evoca o dia de ordenação episcopal do primeiro bispo desta diocese, D. Manuel Martins, em 1975.

“Estou ansioso que chegue o dia que há 48 anos foi vivido pelo meu conterrâneo, D. Manuel Martins, e é esta herança, esta memória, esta gratidão, esta homenagem e esta continuidade: D. Manuel Martins, D. Gilberto, D. José Ornelas e agora eu, e, depois, nos próximos 100 anos, tantos outros”, salientou D. Américo Aguiar.

“Não estou nada nervoso, não sei quem é que disse isto mas gosto desta expressão: ‘Estou com saudades do futuro’, acrescentou, a menos de 24 horas da tomada de posse na Diocese de Setúbal.

O Papa nomeou D. Américo Aguiar, até então auxiliar de Lisboa, como novo bispo de Setúbal, a 21 de setembro, colocando fim ao período vacante em que a diocese se encontrava desde março de 2022.

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