«Gostávamos que esta escola e este acompanhar das pessoas tivesse um fruto, que fosse também da criação dos grupos de jovens e do acompanhamento, não só dos grupos, mas de cada uma das pessoas» – Padre Nuno Amador
Lisboa, 23 jul 2024 (Ecclesia) – O Patriarcado de Lisboa vai dar iniciar, a 14 de outubro, às aulas da ‘Escola de Acompanhadores’, “uma ideia que a Igreja tem para a formação no acompanhamento dos jovens”, indicou o diretor da Pastoral Universitária.
“É uma ideia que não é só do Patriarcado, é uma ideia que a própria Igreja tem para aquilo que é a formação no acompanhamento dos jovens, e ela nasce deste desejo de acompanhar os jovens e de os jovens serem acompanhados”, disse o padre Nuno Amador à Agência ECCLESIA.
O diretor do Setor da Pastoral Universitária do Patriarcado de Lisboa explica que o projeto tem como lema ‘A arte de caminhar com os jovens’, admitindo que o mesmo “peca por tardio”, já que a proposta tinha saído do Sínodo 2018, com o tema ‘Os jovens, a fé e o discernimento vocacional’, e da Exortação Apostólica ‘Christus Vivit’ (Cristo Vive) do Papa Francisco, publicada em 2019.
“É um processo que leva de facto ao reconhecimento desta necessidade. creio que é muito importante que a escola possa ser um lugar onde as pessoas podem ser formadas de forma integral, para este acompanhamento”, acrescentou, destacando que após a Jornada Mundial da Juventude 2023, realizada em Lisboa, e o fórum de jovens ‘Fórum Rise Up’, do Patriarcado, era impossível adiar mais esta formação
O padre Nuno Amador refere que o Patriarcado de Lisboa espera que esta iniciativa possa levar à “criação dos grupos de jovens e do acompanhamento, não só dos grupos, mas de cada uma das pessoas”, para além de promover a passagem de “uma pastoral de animação para uma pastoral de acompanhamento, que são duas coisas bastante diferentes na sua essência”.
Estas pessoas que estamos a formar, obviamente, podem acompanhar jovens, podem acompanhar jovens que se formam como líderes, podem adquirir capacitação para apoiar grupos e animar grupos, mas mais do que animadores de grupos de jovens, são acompanhadores de pessoas e de grupos”.
A ‘Escola de Acompanhadores’, explica o entrevistado, “é um curso a quatro mãos” no Patriarcado de Lisboa: a Escola de Leigos do Instituto Diocesano da Formação Cristã, e as Pastorais Vocacional, Juvenil e Universitária.
Esta formação destina-se a pessoas com inserção pastoral na paróquia/movimento, dos 25 aos 50 anos, a organização enviou uma carta aos padres e aos animadores para que “pudessem ir preparando e convidando pessoas”.
“Eu creio que as paróquias e as realidades eclesiais poderiam mesmo apostar nisto como um ministério – Ministério do Acompanhador – pessoas que se formam para isso e que têm na Igreja também esse ministério de acompanhar outros”, acrescentou o padre Nuno Amador, em entrevista ao Programa ECCLESIA, emitido hoje na RTP2.
As inscrições vão começar no início de setembro e no início de outubro haverá “um primeiro fim de semana de lançamento do curso”; a formação começa no dia 14 de outubro.
As aulas acontecem à segunda-feira, pela 21h15, e, nalguns fins de semana por ano, com uma “síntese daquilo que foi todo o semestre”, porque “é importante as pessoas estarem presencialmente e durante mais tempo, também para algumas dinâmicas presenciais e de grupo”.
O custo da formação são 600 euros, um valor que inclui as aulas, os fins de semana (estadia e alimentação) e os materiais; as aulas semanais vão realizar-se em regime misto, uma semana online e uma semana presencial, na Paróquia de Nossa Senhora dos Navegantes, no Parque das Nações.
Com a duração de dois anos, o curso está dividido em quatro semestres, segundo o padre Nuno Amador “é muito amplo, e muito integral”: 1º semestre – As raízes do acompanhamento: iniciação Bíblica e Teológica; 2º semestre – Olhar a pessoa: Desenvolvimento Humano, Psicologia e Mistério; 3º semestre – A vida da Fé: Busca e crescimento espiritual e 4º semestre – O ministério do acompanhamento.
PR/CB/OC