Linhas de Elvas: Cada guerra é «um autêntico atropelo ao património da humanidade, que é o direito de todos os povos à paz», afirma D. Francisco Senra Coelho

Arcebispo de Évora rezou «pela paz imediata na Terra de Jesus, na Ucrânia, no Sudão, em Moçambique (Cabo Delgado) e no Equador»

Elvas, 16 jan 2024 (Ecclesia) – O arcebispo de Évora presidiu este domingo à eucaristia na Igreja de Nossa Senhora da Assunção, no 365ºaniversário da Batalha das Linhas de Elvas, assinalando que cada guerra se trata “de um autêntico atropelo ao património da humanidade, que é o direito de todos os povos à paz”.

“Rezamos perante o sangue vertido nesta dolorosa experiência da batalha pelas Linhas de Elvas, pela Paz imediata na Terra de Jesus, na Ucrânia, no Sudão, em Moçambique (Cabo Delgado) e no Equador, onde na cidade de Quito está previsto o Congresso Eucarístico Internacional nos próximos dias 8 a 15 de setembro de 2024”, disse D. Francisco Senra Coelho, durante a homilia, na antiga Sé de Elvas, informa uma nota enviada à Agência ECCLESIA.

Foto Câmara Municipal de Elvas

O arcebispo de Évora, que celebrou o Te Deum de Ação de Graças por ocasião das celebrações, defendeu “só a paz no respeito à nacionalidade e dignidade de cada pessoa humana” e “jamais o apoio à guerra pelo negócio das armas e por outros interesses ocultos e repletos de cinismo”.

“Ao celebrarmos hoje o 365 º aniversário da Batalha das Linhas de Elvas, ocorrida no dia 14 e na noite para a madrugada de 15 de janeiro de 1659, que o sofrimento assumido pelas heroicas vítimas da peste, que no cerco da gloriosa cidade de Elvas, desde outubro de 1858, chegou a provocar 300 vítimas diárias; que o sangue dos 200 militares mortos do lado Português e dos 2500 do lado Castelhano, sejam alicerces da Paz em cada geração, nomeadamente nestes dias conturbados que vivemos, como recorda o Papa”, manifestou.

D. Francisco Senra Coelho lembrou as palavras de Francisco na mensagem para o Dia Mundial do Doente, celebrado a 11 de fevereiro, referindo que “a guerra é a mais terrível das doenças sociais e as pessoas mais frágeis pagam-lhe o preço mais alto”.

O arcebispo de Évora abordou algumas propostas das leituras da eucaristia e frisou que: “o Senhor chama, convida, propõe e interpela o Homem”.

“O tempo de Deus é incontornável ao sentido da vida e à possibilidade da fraternidade. Responder Sim é a nossa possibilidade de plenitude”, referiu.

De acordo com D. Francisco Senra Coelho, “a comunidade dos crentes em Jesus Cristo deve ser cada vez mais, acolhedora e familiar, assente na simplicidade, verdade e transparência, tal como as pedras que se refugiam e fazem casa a todos os que procuram abrigo”.

Segundo informa a arquidiocese de Évora, o coro Beato Aleixo Delgado foi o responsável pela animação litúrgica da eucaristia.

LJ/PR

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