Leiria-Fátima: Bispo diocesano publica nota pastoral para celebração da Páscoa em casa

D. António Marto indica aos sacerdotes podem «sair da igreja e abençoar» as casas

Leiria, 02 abr 2020 (Ecclesia) – O bispo da Diocese de Leiria-Fátima divulgou hoje uma nota pastoral para a “celebração da Páscoa na família e nas paróquias em tempo de pandemia”, guiado pela frase “Jesus entrou e ficou com eles”.

“Convido, pois, cada família a celebrar a Semana Santa no seu lar, envolvendo todos o mais possível: as crianças, os adolescentes, os jovens e os adultos”, escreve o cardeal D. António Marto, no documento enviado hoje à Agência ECCLESIA.

O responsável católico sugere a cada comunidade familiar que procure “criativamente as formas mais adequadas para celebrar a Páscoa” e enuncia algumas, como participar nas “celebrações transmitidas pela televisão, rádio ou redes sociais, seja nacional, diocesana ou paroquial”.

Neste âmbito, o bispo informa os fiéis que vai presidir às celebrações na Sé, que vão ser transmitidas no canal da diocese no Youtube: Quinta-feira Santa – Missa da Ceia do Senhor, às 18h00; Sexta-feira Santa, às 15h00, a celebração da Paixão do Senhor; vigília pascal, às 22h00 de 11 de abril; no domingo de Páscoa, a Missa será transmitida a partir da casa episcopal, às 10h30.

O cardeal D. António Marto assinala também que as famílias podem “preparar e fazer juntos a própria celebração doméstica”, com a ajuda do Departamento diocesano de Pastoral Litúrgica.

“Não sendo possível participar no sacramento da Penitência, a família reúna-se para um momento penitencial”, sugere o bispo diocesano, lembrando também que podem ler juntos uma passagem do evangelho, fazer a catequese às crianças e adolescentes.

Na nota pastoral “Jesus entrou e ficou com eles”, D. António Marto explica que se podem “valorizar alguns gestos e sinais”, como “preparar um ramo e enfeitar o crucifixo com verduras” no Domingo de Ramos; na Quinta-feira santa “fazer o jantar com a mesa bem enfeitada e a evocação da última ceia de Jesus com orações e leituras”, ou no dia seguinte uma Via-Sacra dos adolescentes

Aos párocos, o bispo diocesano pede que as celebrações pascais e os respetivos horários sejam anunciados aos fiéis para “que sintonizem e participem em casa”, se forem transmitidas, ou “façam a celebração familiar à mesma hora”.

A partir do Domingo de Ramos, 5 de abril, sugere que se valorize o sinal da Cruz, colocada no adro da igreja ou noutro lugar público apropriado, “enfeitada com ramos verdes” até Sexta-feira Santa, e com faixa de tecido branco, na Páscoa, “como sinal da ressurreição”.

D. António Marto apela também à “valorização do som dos sinos” a partir do Tríduo Pascal, nomeadamente quando presidir às celebrações na Sé, e que no Domingo de Páscoa “toque em repique festivo”, às 12h00, “em todas as igrejas”.

Na Páscoa, indica ainda que, “onde for oportuno”, o sacerdote “pode sair da igreja e abençoar da rua” as casas com a água benta da vigília, revestido de alva e estola branca.

“É a bênção do Senhor ressuscitado aos homens e mulheres resguardados nas suas casas”, explica

O bispo de Leiria-Fátima refere ainda que a celebração pascal se manifesta “não apenas na liturgia e gestos simbólicos” mas igualmente “no amor ao próximo e na irradiação da alegria que o encontro com o Senhor ressuscitado”.

“É importante prestar atenção àqueles que estão perto, sós, tristes, em luto e necessitados de ajuda”, observa.

D. António Marto salienta que neste tempo de emergência “é preciso” que também as paróquias e os fiéis católicos “colaborem para as necessidades eventuais” e lembra que o presidente da CNIS “sugeriu que nas paróquias se identifiquem espaços que possam ser usados no acolhimento temporário de idosos”.

CB/OC

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