Legislativas 2024: Voto deve ser livre e consciente, dizem responsáveis do CRC e Ponto SJ (c/vídeo)

Inês Espada Vieira e Rita Sacramento Monteiro sublinham importância de fazer política «com todos» e para o bem comum

 

Lisboa, 26 fev 2024 (Ecclesia) – Inês Espada Vieira, presidente do Centro de Reflexão Cristã (CRC), Rita Sacramento Monteiro, do Conselho Editorial do ‘Ponto SJ’, defenderam em entrevista à Agência ECCLESIA a necessidade de um voto livre e consciente.

“A campanha eleitoral deve ser livre, sincera, justa, participada”, refere a presidente do CRC, pedindo que os cidadãos, por sua vez, sejam “ativos” e tenham “espírito crítico”.

“Devemos ser atentos, contrariar criticamente, construtivamente e ouvir, escutar, é muito importante escutar”, acrescenta.

Para Inês Espada Vieira, apesar do aparente excesso de informação, é fundamental que cada pessoa consiga encontrar “lugares de reflexão e de discussão construtiva”, num país democrático.

Rita Sacramento Monteiro, que integral o projeto ‘Ponto SJ’, dos Jesuítas em Portugal, aponta, por sua vez, à importância de “uma campanha aberta”, com “transparência nas propostas dos partidos e “um espírito grande de diálogo e de abertura por parte de todos os cidadãos”.

A entrevistada entende que cada eleitor deve “entender a fundo as propostas, com espírito crítico”, para que o seu voto possa “ser informado, livre e consciente”.

O ‘Ponto SJ’ desenvolve, durante a campanha eleitoral, o projeto ‘Ponto de Cruz’, como “um contributo para a reflexão sobre as propostas” e o desejo de sonhar um país “para todos”.

O ciclo de conversas, sobre a participação cívica e política, encerra-se na quarta-feira, em Coimbra, e vai dar lugar a um manifesto.

“Pensamos em quatro ideias, um país digno e coeso, um país livre, um país mobilizado e um país a crescer. E esta tónica do crescimento sempre para além só do crescimento económico, mas um crescimento em que toda a gente possa desenvolver-se plenamente e realizar os seus sonhos”, precisa Rita Sacramento Monteiro.

Inês Espada Vieira observa que “nem sempre é fácil assumir-se como católico no espaço público”, insistindo que todos os cidadãos têm de ser “exigentes”.

“Não nos podemos demitir do nosso papel de escrutinadores, de provocadores também, de uma melhor política”, declara, em entrevista emitida hoje no Programa ECCLESIA (RTP2).

PR/OC

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