Jubileu: Diocese de Santarém projeta cinquentenário com mensagem centrada «na paz, na justiça, no amor» – D. José Traquina

Diocese criada em 1975 «é uma árvore em construção, a ganhar raízes»

Santarém, 18 jul 2024 (Ecclesia) – O bispo de Santarém projetou o cinquentenário da criação da diocese, com iniciativas até 4 de outubro de 2025, como um momento de apresentar mensagens centradas na paz e na justiça.

“A alegria e a paz, na medida em que nós estamos dentro do mundo com tantos medos, com tantas injustiças e faltas de paz: nós queremos manifestar que acreditamos na paz, acreditamos na justiça, é possível, acreditamos no amor”, disse à Agência ECCLESIA D. José Traquina.

O bispo de Santarém realçou que a alegria que querem “celebrar não é para fugir”, mas para manifestar, “afirmar que a paz é possível, é desejada e é uma questão das pessoas se fraternizarem”, e salientou que todos os momentos são para juntar, para reunir as pessoas.

A Diocese de Santarém “é muito jovem”, deu início à celebração do Jubileu dos 50 anos da sua criação, esta terça-feira, com uma Missa na Catedral local, e organizou um programa jubilar, “largo e extenso para o ano inteiro”, com celebrações litúrgicas, catequéticas, pastorais, culturais e históricas, peregrinações e festivais.

“No tempo, estas etapas fazem-nos parar, fazem-nos pensar, e são aqueles momentos em que queremos escutar o que é que o Espírito Santo tem para dizer à Igreja, nestes momentos, agora e para depois”, acrescentou o responsável católico.

A diocese que tem ainda “raízes recentes”, existem muitas pessoas que conhecem a sua história desde a origem, “há 50 anos”, por isso, “é uma árvore em construção, a ganhar raízes”.

O bispo diocesano explicou que quiseram projetar este ano jubilar como “um momento de graça, um momento de oportunidade” para manifestarem agradecimento a Deus “por tudo o que aconteceu ao longo destes anos”.

Também para renovar aquilo que é escutar o próprio Espírito Santo. Renovarmos na disposição de servir o projeto de Deus nesta diocese, neste espaço do Ribatejo cuja geografia compõe e faz esta Diocese de Santarém”.

A palavra ‘celebrar’ vai acompanhar e estar em destaque na Diocese de Santarém ao longo deste ano cinquentenário, e D. José Traquina afirmou que vão “celebrar para agradecer”.

“É o reconhecimento por aquilo que Deus fez com a criação desta diocese, e agradecer o testemunho de muitos cristãos e cristãs, de muitos padres, de um bispo falecido, de muita gente que já partiu e que deixou um testemunho notável. E, tudo isto, é motivo de ação de graças”, desenvolveu.

Segundo o bispo de Santarém, na medida em que agradecem também ganham “vontade de progredir, enriquecidos por este testemunho dos antepassados”, o que é motivo de louvor e de agradecimento.

O Ano Jubilar de Santarém vai encerrar no dia 4 de outubro de 2025, data de ordenação do primeiro bispo desta diocese, D. António Francisco Marques, que, segundo D. José Traquina, “foi um homem muito bom, muito santo, que deixou boas marcas nesta cidade e nesta diocese”.

A Diocese portuguesa de Santarém foi criada no dia 16 de julho de 1975, pelo Papa Paulo VI, com a ‘Bula Apostolicae Sedis Consuetudinem’; na mesma data foi criada a Diocese de Setúbal, as duas comunidades diocesanas estão em jubileu e no programa constam celebrações em conjunto, como peregrinações, aos Santuários do Santíssimo Milagre (Santarém) e do Cristo Rei (Almada).

“Manifestamos, assim, aqui a fraternidade de duas dioceses que são gémeas. Este é o significado, porque, fraternos somos todos, mas neste caso, nascer no mesmo dia”, realçou D. José Traquina, no Programa ECCLESIA, que é emitido hoje na RTP2, pelas 14h12.

HM/CB/OC

Igreja/Sociedade: Bispo de Santarém identifica desafios «à identidade e criatividade como construtores da paz» (c/fotos)

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