JMJ: Símbolos vão percorrer unidades operacionais, formativas e hospitalares das Forças Armadas e de Segurança

D. Rui Valério fala em coordenação e organização «incansável» e adianta que jovens militares do mundo vão estar juntos num encontro, a 2 de agosto de 2023

Lisboa, 02 dez 2022 (Ecclesia) – A diocese das Forças Amadas e de Segurança (FAS) acolheram hoje os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que irão percorrer todo o país, uma vez que a diocese está presente em todo o território nacional.

“Somos uma diocese presente em todo o território nacional com diversas vertentes, com unidades mais operacionais, mais formativas e também unidades hospitalares, centro de acolhimento dos seniores. Em todas estas realidades vamos estar presentes com os símbolos”, explicou D. Rui Valério, bispo das FAS, em declarações enviadas à Agência ECCLESIA.

O responsável esteve esta manhã na Base Naval, em Lisboa, local onde a cruz e o ícone de Nossa Senhora foram entregues pela diocese de Setúbal à Marinha, primeiro ramo das FA que irão acompanhar a peregrinação dos símbolos da JMJ.

Com uma “dinâmica diferente” das restantes dioceses, o bispo do Ordinariato castrense assume “a alegria” na receção dos símbolos e a “disponibilidade de todas as chefias” mobilizadas até ao dia 29 de dezembro para acompanhar os símbolos.

“As chefias das FAS têm sido incansáveis em vir ao encontro de tudo o que é necessário. Há uma grande abertura e sintonia total perante a programação dos símbolos”, destacou.

D. Rui Valério deu conta da atração que a cruz e o ícone de Nossa Senhora provocam e destacou o encontro “quase individual” dirigido a cada pessoa, evidenciando o carater “pessoal” e “não massificado” do contacto com os símbolos.

“A nossa diocese é maioritariamente jovem e continua a atrair juventude porque continua, seja a vida militar como a das Força de Segurança, a ser uma proposta de realização que os jovens reconhecem e à qual aderem. A cruz, tal como é, não vai deixar ninguém indiferente. Os símbolos impõem-se dirigidos a cada um. A experiência que temos, porque já vivemos momentos de proximidade dos nossos jovens, é de carga personalista que eles desenvolvem e possuem”, destaca.

O responsável recorda anteriores participações em Jornadas e destaca a grande presença militar, avançando que no dia 2 de agosto está previsto um encontro de cerca de “oito mil jovens militares estrangeiros” que se juntarão, em Lisboa, aos portugueses.

Foto: Ricardo Perna/JMJ Lisboa 2023

D. Rui Valério fala numa “adesão impressionante”, dá conta de contactos estabelecidos com França, Itália e Brasil, e destaca o “impacto universal” que a JMJ Lisboa 2023 está a provocar.

“Será uma realidade fecunda, acrescida, elevada. Estamos a abrir um troço de caminho que vai solidificar e fazer crescer os propósitos de santidade dos militares e elementos das FA”, sustenta.

O responsável dá ainda conta que a diocese está a preparar-se “para receber nas instalações das FAS jovens oriundos de outras partes do mundo”.

“Tenho a certeza que os nossos jovens no encontro e no contacto com os símbolos da JMJ irão sentir-se envolvidos, tocados e chamados. E depois, irão sentir-se cativados para seguir com mais seriedade e profundidade Jesus Cristo”, vaticinou.

Durante a cerimónia decorrida na Base Naval, D. Rui Valério centrou-se, durante a homilia da celebração, na proximidade que o ícone de Nossa Senhora tem da cruz, evidenciando a companhia mariana que os marinheiros sempre têm.

“Um marinheiro, tal como um militar ou elemento das FS, sabe que por muito munido que esteja em temos organizacionais ou tecnológicos, sabe que para enfrentar a cruz não basta o que temos. Há um momento em que para ativar a confiança e esperança, temos de contar com outra intervenção. Apraz-me ver Nossa Senhora junto à cruz: a presença e companhia de Nossa Senhora na vida de um marinheiro é tão relevante porque é uma companhia que auxilia em todos os momentos”, assinalou.

RP/LS

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