JMJ: Responsável do COV da Amadora recorda passagem dos símbolos pelo bairro do Zambujal, «zona bastante esquecida» que «precisa de Cristo»

Ludimila Silva integra comitiva de cerca de 100 portugueses que vão fazer passagem dos símbolos da JMJ

Lisboa, 22 nov 2024 (Ecclesia) – Ludimila Silva é uma das portuguesas que entrega no domingo os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Vaticano, e recorda a passagem dos dois pelo Bairro do Zambujal como o “momento mais marcante” no percurso pela Amadora.

A jovem acredita que a peregrinação dos sinais de fé naquela zona “bastante esquecida”, “marginalizada” e que “precisa de Cristo” trouxe “alguma esperança às pessoas”.

“Acho que pelo menos aqui na Vigararia da Amadora aquilo que teve mais impacto para mim foi mesmo perceber esta vontade das pessoas de quererem ir ao encontro”, revela a responsável pelo Comité Organizador Vicarial (COV) da Amadora da JMJ.

A Cruz peregrina e do ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani começaram a peregrinação no concelho da Amadora a 19 de julho de 2023, com uma Missa presidida pelo cardeal D. Américo Aguiar e um percurso pelas ruas do bairro do Zambujal.

Ludimila Silva lembra a curiosidade das pessoas que surgiram à “janela a espreitar”, outras “a saírem de casa para se juntarem” para perceber o que era, e a “igreja cheia” para participar na celebração eucarística.

O Estabelecimento Prisional da Carregueira recebeu também a visita dos símbolos da JMJ e foi palco de um momento de oração com 180 inscritos.
“Nós estivemos com os símbolos também aqui na prisão da Carregueira, e foi mesmo especial perceber, quando as pessoas se aproximavam para rezar com os símbolos, perceber que aquilo efetivamente tocava. Não só toca a nós os jovens católicos, mas toca quem se aproxima e quem quer conhecer o rosto de Jesus”, conta.

A jovem integra a comitiva com cerca de 100 portugueses que no domingo fazem a passagem de testemunho entre Lisboa e Seul (Coreia do Sul), que acolhe a próxima edição internacional da JMJ, em 2027.

Ludimila Silva está a viver este momento com “bastante ansiedade”, uma vez que os símbolos representaram algo “tão importante” para os jovens portugueses, levando desafio com “um sentido de responsabilidade” e “bastante nervosismo”.

A jovem considera que a JMJ na Coreia do Sul “vai trazer bastante curiosidade” e, por ser uma cultura diferente, há interesse em perceber como é que vai ser.

“Logo quando lançaram o logo, acho que já foi totalmente diferente. Portanto, só por aí vai ser uma jornada diferente, sem dúvidas, mas ansiosa para saber o que vem aí”, referiu.

Ludimila Silva fala que as saudades da JMJ começaram assim que o Papa partiu, depois do encontro com os voluntários.

Foto: Agência ECCLESIA/LJ

“Mesmo com os símbolos aqui, continuamos a sentir e vai ficar sempre esta saudade, porque é uma coisa que vivemos e que provavelmente não vamos voltar a viver, pelo menos não da mesma forma. Mas ficar também com o sentimento de que foi bom e que temos a réplica aqui na Diocese de Lisboa que vai dando também vida aos jovens portugueses”, expressou.

A jovem, do departamento da Juventude do Patriarcado de Lisboa, considera que a JMJ Lisboa 2023 foi “diferente em todos os sentidos no que toca ao protagonismo dos jovens”, começando pela organização.

“Eu acho que a Igreja Católica tem procurado cada vez mais o espaço dos jovens. E os próprios jovens também, eu acho que os próprios jovens procuram este espaço e a Igreja tenta proporcionar”, defende, referindo que “há espaço para todos” e “para os jovens também”.

Lisboa acolheu a edição internacional da Jornada Mundial da Juventude entre 1 e 6 de agosto de 2023, com mais de 1,5 milhões de participantes nas celebrações conclusivas, presididas por Francisco no Parque Tejo; a próxima edição internacional da JMJ vai decorrer em Seul, capital da Coreia do Sul, em 2027.

O Programa ‘70×7’ do próximo domingo, exibido pelas 17h35 na RTP2, destaca a passagem dos símbolos da JMJ a uma delegação de Seul, na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

LJ/OC

Partilhar:
Scroll to Top