JMJ: «Jovens de todos os continentes faziam um só povo e comunidade» – D. Rui Valério

Bispo das Forças Armadas e de Segurança participou nas edições internacionais de 1986, 1997, 2000 e 2011

Foto: Ordinariato Castrense

Lisboa, 24 jan 2022 (Ecclesia) – O bispo das Forças Armadas e de Segurança recordou a sua participação em várias edições da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), desde a primeira em 1986, onde “jovens oriundos de todos os continentes e culturas, fazia um só povo, uma só comunidade”.

“A primeira Jornada teve lugar em Roma, em 1986, onde tive a graça de estar presente. Apercebi-me, logo ali, o quanto esse encontro é ocasião propícia de fazer uma experiência de e com Cristo”, afirmou D. Rui Valério aos jovens do Ordinariato Castrense, num encontro de preparação para a JMJ Lisboa 2023.

As JMJ foram lançadas por São João Paulo II que, em 1986, reuniu os jovens em Roma, com o objetivo de promover um encontro religioso e cultural a nível mundial, a acontecer todos os anos, a nível diocesano, e a cada dois ou três anos numa grande cidade, convocando os jovens para um encontro internacional.

“Em 1986 a Europa estava ainda dividida mas em Roma foi impressionante ver a união dos jovens e recordo a alegria exuberante dos jovens espanhóis, em particular”, regista à Agência ECCLESIA.

Já sacerdote, ordenado em 1991, tendo emitido os votos perpétuos na Congregação dos Padres Monfortinos, D. Rui Valério participou na edição de Paris, em 1997.

“O número de jovens inscritos (e que eram os esperados) foi largamente superado pelos que compareceram na Jornada parisiense, de tal maneira que, quando se chegava a Paris, confrontávamo-nos logo com a insuficiência de tudo, no alojamento, na comida, nos espaços de oração”, recordou o bispo do Ordinariato Castrense ao jovens das paróquias de Santo Antônio dos Cavaleiros, Frielas, Póvoa de Santo Adrião e Olival Basto, durante numa Vigília de oração por ocasião da passagem da Cruz Diocesana da JMJ pela Vigararia Loures-Odivelas.

O impacto perante a desorganização, em 1997, não apagou o “maravilhoso de ver uma cidade empenhada em proporcionar aos jovens o que era necessário”.

“Ali constatamos como Cristo continua a multiplicar os cinco pães e os dois peixes para saciar quem O procura e segue”, valoriza.

Em 2000, D. Rui Valério esteve em Roma, regressando a uma cidade “completamente rendida aos jovens”.

“Uma cidade, normalmente caraterizada pela pressa e pela pressão da vida moderna, agora, com os jovens lá, estava totalmente por conta deles. É o que Cristo nos dá: uma nova prospetiva: sobre a vida, o mundo, a humanidade. Também impressionou a comunhão profunda com que se viveu a vigília de oração em Tor Vergata com o Papa João Paulo II”, sublinha.

A última em que o bispo  participou na JMJ foi em Madrid, em 2011, onde lembra o vendaval que se abateu na noite da vigília de oração com o Papa Bento XVI mas que foi insuficiente para demover os participantes de “permanecer firmes em Cristo”.

“Durante todo o tempo da Jornada, houve um tema sempre em foco: os novos desafios da religiosidade pós-moderna. Os jovens participantes da Jornada ofereceram a todo o mundo um testemunho intemporal sobre a força da fé: «Se Deus está por nós, quem pode estar contra nós?»”, recorda.

D. Rui Valério tem sido solicitado para dar testemunho da sua participação nas anteriores edições da JMJ junto de jovens de movimentos e paróquias que se prepararam para a edição de 2023, a realizar em Lisboa, de 1 a 6 de agosto.

LS

Notícia atualizada às 21h20

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