JMJ 2023: Rise Up mostra que «é possível trazer a ecologia para a Igreja»

Nas várias nacionalidades presentes, jovem peregrina do Brasil encontrou «preocupações comuns»

Foto: Agência ECCLESIA/SN

Lisboa, 02 ago 2023 (Ecclesia) – Nayara Mendonça, jovem peregrina do Brasil, participou no Rise Up esta quarta-feira, na Igreja de São Tomás de Aquino, em Lisboa, e contou à Agência ECCLESIA que é possível “trazer a ecologia para a Igreja”.

“Acredito que o Rise Up serviu para entender os vários temas da Laudato Si. Quando se fala em meio ambiente temos de perceber que vivemos num mundo com muitas diversidades e questões sociais, ter gente de vários países aqui é muito importante para discutir sobre isso, pensando no meio ambiente onde as preocupações acabam por convergir”, explica à Agência ECCLESIA.

A engenheira do Ambiente refere ainda que o Papa Francisco ao escrever a encíclica «Laudato Si», conseguiu ser “muito assertivo ao trazer a questão ambiental para dentro das igrejas”.

“Como cristãos católicos precisamos de entender que Deus nos deu esta casa e precisamos evangelizar e criar a consciência para cuidar a casa comum”.

O Meio Ambiente é um tema que Nayara Mendonça gosta muito e “pelo qual se interessa”, referindo ainda que integra a equipa de pastoral da ecologia do Brasil, uma “equipa recente que se debruça no estudo da Laudato Si”.

“No Brasil faço parte da pastoral da ecologia e da equipa da pastoral de sem abrigo e, nós como cristãos, temos de trazer a questão da ecologia e deste cuidado para a vida, ainda mais na JMJ; sabemos que é muito importante, porque queremos um mundo bom para todos e esse é também o intuito da pastoral da ecologia”, destaca. 

Na Igreja de São Tomás de Aquino o tema da Ecologia do Rise Up desta quarta-feira foi organizado pelo Corpo Nacional de Escutas (CNE), onde a dinâmica envolveu o “longo percurso de sensibilização ambiental que os escuteiros fazem” com a diversidade de nacionalidades presentes, em trabalho de grupos e partilha de questões com o bispo presente, D. Luís Fernando Lisboa, da diocese de Cachoeiro de Itapemirim, no Brasil.

“Os jovens de hoje têm de olhar para o que os líderes estão a fazer, as boas práticas, mas também o que não está bem, que os jovens se possam comprometer, individualmente e no pequeno grupo, e prepararem-se porque amanhã vão assumir o comando da nossa casa comum”, refere o bispo convidado.

A Jornada Mundial da Juventude, que Portugal recebe pela primeira vez, é um encontro internacional de jovens promovido pela Igreja Católica, que reúne centenas de milhares de participantes durante cerca de uma semana, em iniciativas religiosas e culturais, sob a presidência do Papa.

Até hoje houve 14 edições internacionais da JMJ – que decorrem de forma alternada com uma celebração anual em cada diocese católica: Roma (1986), Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).

SN

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