JMJ 2023: Fundação e Câmara de Lisboa debateram «soluções alternativas» para organização do encontro

Participantes na reunião de trabalho destacaram «disponibilidade» para responder a desafios ligados aos locais que vão acolher centenas de milhares de participantes

Foto: Lusa

Lisboa, 02 fev 2023 (Ecclesia) – A Câmara Municipal de Lisboa (CML) recebeu hoje uma reunião de trabalho entre responsáveis da autarquia e da Fundação Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023, que debateram “soluções alternativas” para a organização do encontro.

“Este encontro decorreu num ambiente muito positivo, construtivo e de grande disponibilidade de todas as partes presentes na procura de soluções alternativas para o grande desafio que representa a organização da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023”, indica um comunicado conjunto, enviado à Agência ECCLESIA.

A reunião de trabalho, esta manhã, visou “avaliar opções relacionadas com os locais” da próxima edição internacional da JMJ, que vai decorrer na capital portuguesa, de 1 a 6 de agosto.

O encontro contou com a presença da CML, Carlos Moedas, e de D. Américo Aguiar, presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, bem como do vice-presidente da CML, Filipe Anacoreta Correia, do presidente da Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU), António Lamas, responsáveis da empresa Mota Engil e elementos das respetivas equipas de projeto da CML e Fundação JMJ Lisboa 2023.

“Este foi mais um encontro de trabalho, na sequência de muitos outros, que têm decorrido desde o final da passada semana”, acrescenta o comunicado, precisando que as equipas técnicas vão continuar a reunir-se.

O objetivo assumido pelos técnicos é que “no mais curto espaço de tempo, seja possível apresentar novas soluções” na sequência dos apelos dos presidente da CML e da Fundação JMJ Lisboa 2023.

Na última semana, D. Américo Aguiar tinha anunciado uma reunião com responsáveis da capital portuguesa, para promover uma “melhor sincronização dos vários agentes de responsabilidade” na organização do encontro.

O maior encontro mundial de jovens promovido pela Igreja Católica, iniciado em 1986 por iniciativa do Papa São João Paulo II, vai decorrer pela primeira vez em Portugal, de 1 a 6 de agosto deste ano.

Questionado sobre os custos do recinto central do Parque Tejo, que vai acolher as celebrações conclusivas da JMJ Lisboa 2023, com a presença do Papa, o responsável adiantava que, neste momento, o objetivo é distinguir “entre o que é essencial e o que não é”, para que se possam identificar potenciais poupanças.

“O que é essencial, temos de o fazer. O que não é essencial, temos de corrigir”, precisou.

O recinto central da JMJ Lisboa 2023, no Parque Tejo, foi adjudicado por 4,24 milhões de euros à Mota Engil, através de ajuste direto, pela SRU, empresa municipal da Câmara de Lisboa.

Segundo informação disponibilizada no Portal Base da Contratação pública, à construção do palco-altar soma-se o valor de 1,06 milhões de euros para as fundações indiretas da cobertura.

D. Américo Aguiar precisou que “para a solução encontrada, foi feito um caderno de encargos, um concurso e uma adjudicação” pela SRU.

O objetivo, nos próximos meses, é que a Fundação JMJ possa acompanhar “de fio a pavio” os processos de “dimensão mais significativa”, para que “não se repita nem surpresa de valores nem incómodos”.

A JMJ é um acontecimento religioso e cultural que reúne jovens de todo o mundo durante uma semana.

Cada Jornada realiza-se, anualmente, a nível diocesano (inicialmente no Domingo de Ramos e atualmente na solenidade litúrgica de Cristo-Rei), alternando com um encontro internacional a cada dois ou três anos, numa grande cidade; até hoje houve 36 JMJ, com 14 edições internacionais em quatro continentes.

OC

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