II Concílio do Vaticano: Afluentes conciliares nas águas do Mondego

Durante vários anos, a pena de Manuel Augusto Rodrigues deu aos leitores do «Correio de Coimbra» o «intra» e o «extra» do II Concílio do Vaticano. Este insigne colaborador do jornal das terras do Mondego, faleceu a 15 de dezembro de 2016, mostrou aos leitores que, passados 50 anos, a assembleia magna convocada pelo Papa João XXIII e continuada pelo seu sucessor não morreu.

Durante vários anos, a pena de Manuel Augusto Rodrigues deu aos leitores do «Correio de Coimbra» o «intra» e o «extra» do II Concílio do Vaticano. Este insigne colaborador do jornal das terras do Mondego, faleceu a 15 de dezembro de 2016, mostrou aos leitores que, passados 50 anos, a assembleia magna convocada pelo Papa João XXIII e continuada pelo seu sucessor não morreu. Os documentos emanados deste encontro ainda continuam com vitalidade.

O antigo professor catedrático jubilado da Faculdade de Letras e antigo diretor do Arquivo da Universidade de Coimbra (1980-2003) foi também um dos responsáveis pelos 700 anos da mesma instituição. Recordo um artigo, datado de abril de 2012, onde o colaborador deste órgão comunicação social escreveu: “Muitas foram as esperanças depositadas naquela magna assembleia convocada quase um século depois do I Concílio do Vaticano (8 de dezembro de 1869 – 18 dezembro de 1870)”. E continua o articulista: “Apesar das expectativas de muitos, a época que seguiu ao II Concílio Vaticano não representou aquela primavera ou Pentecostes desejados, mas, como reconheceram o próprio Paulo VI e os seus sucessores, originou um período de crises e dificuldades”.

Manuel Augusto Rodrigues foi um membro ativo do Centro Académico de Democracia Cristã (CADC), do qual foi assistente espiritual e capelão da Universidade de 1963 até ao ano em que pediu dispensa do seu ministério sacerdotal.

No mesmo artigo, intitulado «O Concílio Vaticano II 40 depois (I)», o colunista que se doutorou em Teologia; Ciências Bíblicas e Línguas Semíticas, refere que “pena foi que a participação portuguesa tivesse sido tão modesta como já o fora no Vaticano I, tudo tão diferente do que sucedera no Concílio de Trento”.

Este colaborador do «Correio do Coimbra» que dominava vários idiomas – hebraico, grego, latim, italiano, português, francês, inglês, alemão e árabe – terminou esta rubrica sobre o II Concílio do Vaticano a 09 de outubro de 2014. Ao todo foram 100 artigos sobre os documentos conciliares onde Manuel Augusto Rodrigues explanou o contexto e as abrangências da assembleia magna convocada pelo Papa João XXIII. Como ele escreveu no último comentário, “tentou-se evocar a efeméride em si, tecer algumas considerações sobre a sua pré-história e também sobre pessoas e eventos posteriores à assembleia conciliar que desta ou daquela maneira seguiram o trilho dos textos aprovados, de tanta documentação que os explanou e de factos sem conta que tiveram a marca do Vaticano II”.

LFS

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