Dia de Reis: Papa desafia a «fazer Natal no coração» como os Magos

Cristãos devem levar a alegria de Cristo que nasceu aos espaços onde o «pessimismo aprisiona a esperança», diz Francisco

Cidade do Vaticano, 06 jan 2017 (Ecclesia) – O Papa presidiu hoje no Vaticano à recitação do ângelus na solenidade da Epifania, e desafiou os cristãos a levarem a “luz” do Natal, que é “alegria” e “esperança”, a todo o mundo e à “obscuridade da vida”.

“Não basta sabermos que Deus nasceu, se não fazemos Natal com ele no nosso coração”, disse Francisco aos peregrinos que acorreram à Praça de São Pedro para a celebração deste dia, que é popularmente conhecido como Dia de Reis.

Na sua intervenção, o Papa argentino encorajou os cristãos a porem mãos à obra e a não terem medo de lutar contra o “capricho paralisante do egoísmo” e  “o pessimismo” que hoje “aprisiona a esperança”.

“A vida cristã é um caminho contínuo, feito de esperança, de procura, um caminho que como com os Magos, prossegue mesmo quando momentaneamente a luz desaparece da vista”, frisou o Papa argentino, que pediu ainda aos cristãos para “se abrirem a Deus” à sua “luz”.

Uma luz que é, “entre tantas estrelas cadentes no mundo a estrela luminosa de Jesus”.

 “Não basta dedicarmos a Deus um retalhos da nossa vida. Seguindo a sua luz teremos a alegria, porque onde há Deus há a alegria”, completou Francisco.

A seguir à oração do ângelus, o Papa saudou as comunidades cristãs do Oriente que este sábado (dia 7 de janeiro) se preparam para celebrar o Natal, segundo calendário juliano.

“Em espirito de fraternidade festiva, desejo que este novo nascimento de Jesus encha estas comunidades de luz e de paz”, disse Francisco.

Sobre a solenidade da Epifania, o Papa recordou que esta data assinala também o Dia da Jornada da Infância Missionária, e encorajou “todas as crianças e jovens que hoje estão empenhadas a levar o Evangelho aos outros e em ajudar aqueles que vivem em dificuldades”.

A solenidade da Epifania, palavra de origem grega que significa ‘brilho’ ou ‘manifestação’, celebra-se a 6 de janeiro nos países em que este dia é feriado civil; nos outros, como Portugal, assinala-se no domingo entre 2 e 8 de janeiro.

JCP

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