Igreja: «Temos muitas folhas secas que precisam de cair» – Presidente dos Institutos Missionários (c/vídeo)

Padre Adelino Ascenso pede paixão pela missão em todos os católicos

 

Lisboa, 25 out 2021 (Ecclesia) – O presidente dos Institutos Missionários ‘Ad Gentes’ (IMAG) considera que a Igreja precisa de se renovar, com o contributo de todos os católicos, para que nela surjam “novos rebentos”.

“Fomos avançando com passos muito titubeantes, mas continuo a pensar que ainda temos muitas folhas secas que precisam de cair, porque a árvore da Igreja precisa ainda de ser muito agitada”, disse à Agência ECCLESIA o padre Adelino Ascenso, a respeito do Dia Mundial das Missões, que se celebrou este domingo.

O missionário da Boa Nova sustenta que “todos os batizados são missionários e devem continuar, constantemente a ser missionários”, até porque as mensagens do Papa continuam a ser “breves e intensas “, mas sempre numa “busca apaixonada”.

Esta paixão, acrdscenta, deve ser “impulsionadora”, o que leva os missionários a passar fronteiras e ficar “longos tempos do seu contexto natal”.

“Um contexto que os leva a partir, a calçar as sandálias” e serem mensageiros do Evangelho “além-fronteiras ou no seu próprio meio”, frisou o padre Adelino Ascenso, convidado de hoje no Programa ECCLESIA (RTP2).

Segundo o membro da Sociedade Missionária da Boa Nova, a saída “não é apenas geográfica”, mas também “do interior”, porque o motor que move o missionário “é o amor” e só esse amor “o leva a calçar as sandálias”.

Para o presidente dos IMAG, a atualização da missão tem “de ser uma constante”, sempre “abertos à surpresa do espírito” porque Ele pode soprar “e as folhas levantam-se e fica tudo transformado”.

O padre Adelino Ascenso sustenta que a escuta deve estar no centro da missão, porque o “escutar significa perder tempo, estar com as pessoas e caminhar com elas”.

Na obra ‘A mística do Arado – Busca de um Deus Possível’ – título do último livro do sacerdote – o autor realça que se fala “muito em semear e isso é bom”, mas talvez as pessoas estejam a esquecer “um o elemento fundamental que é lavrar o terreno”.

PR/LFS/OC

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