Igreja/Sociedade: Arquidiocese de Évora propõe «a todos o desafio da Esperança», no Ano Santo 2025

«Quem quer vir connosco procurar as raízes da Esperança e fazê-las florir neste tempo bastante baço, se não mesmo opaco?» – D. Francisco Senra Coelho

D. Francisco Senra Coelho Foto AE/MC

Évora, 20 dez 2024 (Ecclesia) – O arcebispo de Évora afirma que necessitam “procurar motivos de Esperança”, e convoca “toda a Igreja Diocesana” para o Ano Santo 2025, numa mensagem à arquidiocese para a abertura do Ano Santo na catedral e na basílica metropolitana.

“De toda a nossa reflexão brota uma constatação, para que resplandeça uma Primavera nos corações e mentes humanas, necessitamos de procurar motivos de Esperança”, escreve D. Francisco Senra Coelho, na mensagem enviada à Agência ECCLESIA.

A Igreja Católica vai celebrar o Ano Santo 2025, o 27.º jubileu ordinário da sua história, com o tema ‘Peregrinos da Esperança’, o Papa Francisco vai abrir a primeira Porta Santa deste jubileu no dia 24 de dezembro.

A Arquidiocese de Évora propõe “a todos o desafio da Esperança”, neste Ano Pastoral 2024/2025 apresentando-se, a partir do tema do jubileu, ‘Peregrinos de Esperança’ “ao interior da Igreja e a toda a sociedade”.

“Atrevo-me a perguntar: Quem quer vir connosco procurar as raízes da Esperança e fazê-las florir neste tempo bastante baço, se não mesmo opaco? Afinal, onde mora ou quem pode ser Esperança? Dito de outro modo, o que vale definitivamente, e pelo qual vale a pena, dar a vida?”, acrescenta o arcebispo de Évora.

D. Francisco Senra Coelho explica que a Esperança “é a âncora” em que se seguram “em horas de incerteza e de busca de novos rumos” na bússola do discernimento, e como referiu Papa Francisco, na audiência geral de 7 de dezembro de 2016, quando deu início a um ciclo de catequeses sobre a esperança: “O optimismo desengana, a esperança não”.

“O otimismo situa-se no âmbito das capacidades e possibilidades humanas, enquanto a esperança, virtude teologal, nos vem da certeza de que Deus jamais nos abandona. Importa recordar o pensamento do grande biblista e teólogo C. M. Martini ‘esperar equivale a viver: o homem de facto, vive enquanto espera e a definição do seu existir está ligada à definição do âmbito da sua esperança’ (2012)”, desenvolve o arcebispo de Évora.

Após a abertura da Porta Santa do Jubileu 2025 no Vaticano, as dioceses em todo o mundo também vão dar início a este Ano Santo nas Igrejas particulares, e D. Francisco Senra Coelho convoca “toda a Igreja Diocesana de Évora, o Povo Santo de Deus que peregrina nestas terras eborenses”, para se congregar, para no próximo dia 29 de Dezembro, pelas 16h00, na igreja de Santo Antão, de onde, após a “Santa Missa Estacional” saem em procissão até à Sé.

“Que na cidade de Évora e nesta tarde, nenhuma celebração eucarística seja realizada a par deste solene ato de Unidade. Que em toda a Arquidiocese, sejam previamente previstas as alterações de horários de Missas Dominicais”, pede o arcebispo de Évora.

O Papa Bonifácio VIII instituiu, em 1300, o primeiro Ano Santo – com recorrência centenária, passando depois, segundo o modelo bíblico, cinquentenária e finalmente fixado de 25 em 25 anos.

CB/PR

 

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