Igreja/Portugal: Pastoral Juvenil vai ter «estrutura robusta», com muitos jovens e «imensos talentos», afirma coordenador nacional (c/vídeo)

Pedro Carvalho indica os princípios que vão orientar a ação do departamento da Conferência Episcopal Portuguesa, para o qual foi nomeado em novembro

Foto: Agência ECCLESIA/PR

Aveiro, 03 jan 2024 (Ecclesia) – O coordenador da Pastoral Juvenil afirmou que o departamento nacional que lidera vai ter “uma estrutura robusta, com muitas pessoas”, com nome, e “imensos talentos”, sendo composta sobretudo por jovens.

Pedro Carvalho explica, em entrevista ao programa 70×7, emitido este domingo, que só depois de escutar “todos os secretariados” e olhar para o território é que vai ser nomeada a restante equipa da Pastoral Juvenil, que será “descentralizada”.

“Era fácil para mim pegar no telefone e escolher 10 pessoas, mas não vai ser assim”, afirmou o leigo da Diocese de Aveiro, acrescentando que quer  “perceber quais são os talentos que andam no território”.

Habituado a trabalhar com equipas grandes, Pedro Carvalho justifica que este será um dos objetivos, uma vez que “há mais contraditório” e são tomadas as “melhores decisões”.

A Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) nomeou, no dia 14 de novembro, Pedro Carvalho, leigo da Diocese de Aveiro, como novo coordenador do Departamento Nacional de Pastoral Juvenil.

O novo responsável refere que o primeiro ponto do programa do Departamento Nacional de Pastoral Juvenil (DNPJ) é “escutar os jovens e não ter medo dos sonhos deles”.

“A Igreja tem que estar em permanente escuta dos jovens. Porquê? Porque eles, de um dia para o outro, mudam o seu pensamento. E se nós não acompanharmos naquele dia que ele tem aquele sonho, no dia a seguir já esqueceu, já está noutro”, salientou.

Pedro Carvalho defende que a Igreja tem de entrar no algoritmo dos jovens, isto é, perceber as suas vidas, as “suas preocupações com o ambiente, com o desenvolvimento sustentável, com a saúde, a saúde mental, a habitação, o desemprego”.

Como princípios orientadores da ação da Pastoral Juvenil, o coordenador destaca a sinodalidade, a sustentabilidade, a inclusão, a transparência, a transversalidade e o digital.

“São estes seis princípios orientadores do departamento. E depois um critério de decisão, que é o critério do amor ao próximo. Eu acho que este vai ser um critério da nossa gestão, da nossa decisão, que é não fazer aos outros o que não gostam que façam a nós”, sublinhou.

Pedro Carvalho indica que o “resto vai ser construído pelos jovens”, revelando que tem-lhes lançado muitos desafios.

Foto: Agência ECCLESIA/PR

Com um olhar privilegiado sobre a ria, a partir do farol de Aveiro, o mais alto do país, a partir do qual foi gravado o programa ’70×7′, Pedro Carvalho afirmou que “há todo um mar de possibilidades para a Pastoral Juvenil em Portugal”.

“Eu acredito que os jovens portugueses possam sair para este mar e que possamos fazer coisas boas na Pastoral Juvenil”, frisou.

Pedro Carvalho assume a tempo inteiro a coordenação da Pastoral Juvenil, que considera ser um “desafio maior”, destacando que a Conferência Episcopal Portuguesa foi “ousada” no convite.

“Eu aceitei este desafio pelos jovens, por acreditar nos jovens e perceber que podemos fazer uma Pastoral Juvenil com os jovens e a partir deles, a partir do amor e da beleza que eles veem o mundo, podemos construir uma Igreja interpeladora, uma Igreja que veja os sinais dos tempos, seja atenta aos sinais dos tempos” e “alegre”, realçou.

O Ano Santo 2025, o 27.º jubileu ordinário da história da Igreja Católica, iniciou-se a 24 de dezembro, com Francisco a presidir à Missa com a abertura da Porta Santa, na Basílica de São Pedro; o Vaticano espera que milhões de pessoas participem nas celebrações do Ano Santo.

O Jubileu dos Jovens, iniciativa que integra programa do Ano Santo, vai decorrer de 28 de julho a 3 de agosto.

“Tenho percebido que há muita mobilização dos jovens a quererem participar em Roma. Seul é longe e, portanto, há aqui um ponto de abastecimento em Roma. E o Papa Francisco lançou-nos esse desafio”, ressaltou Pedro Carvalho.

Para 2025, o novo coordenador da Pastoral Juvenil espera que a peregrinação a Roma seja uma oportunidade de fortalecimento da fé e de transformação, com a esperança em Cristo.

“E gostava muito que nós começássemos a ter os nossos jovens cristãos a ocupar o espaço público, a habitar o espaço público, a habitar a rua, com as nossas maneiras de ser cristão”, expressou.

A entrevista ao coordenador do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil é exibida este domingo no programa ‘70×7’, a partir das 17h35.

PR/LJ

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