Igreja/Portugal: D. Américo Aguiar evoca bombeiros mortos nos incêndios de setembro

Capelão-mor da Liga dos Bombeiros Portugueses escreve mensagem de Natal

Foto: Lusa/Rui Minderico

Lisboa, 02 dez 2024 (Ecclesia) – O cardeal D. Américo Aguiar evocou os mortos nos incêndios de setembro, na sua mensagem de Natal para a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP).

“O Natal 2024 será particular e especialmente difícil para as nossas irmãs e irmãos dos Corpos de Bombeiros Oliveirinha – Tábua, S. Mamede de Infesta – Matosinhos e Palmela, será o primeiro Natal com lugares vazios dos entes queridos que materializaram o nosso lema ‘Vida Por Vida’ para outros limitações físicas e de saúde que condicionam o caminhar. Mas com uns e com outros, com todos, estamos juntos”, assinala o bispo de Setúbal, capelão-mor da LBP.

As regiões norte e centro do país foram fustigadas por grandes incêndios, que deflagraram a 15 de setembro e se prolongaram até 21 de setembro, provocando nove mortos, entre os quais quatro bombeiros, mais de 170 feridos e a destruição de dezenas de habitações.

O cardeal português recorda “com muito carinho” a mensagem e oração que o Papa Francisco dirigiu a 31 de outubro, “fazendo-se próximo das famílias dos bombeiros e militares falecidos neste verão”.

No início do Advento, tempo de preparação para a celebração do nascimento de Jesus, no calendário litúrgico da Igreja Católica, D. Américo Aguiar sublinha que “o Natal não pode ser apenas ceia de Natal, gastronomia, convívios de amigos e familiares, luzes e músicas, presentes, pai Natal e Reis Magos”.

Não nos podemos permitir esquecer e fazer diluir as raízes da festa e do Encontro. Há mais de 2000 anos nasceu, de verdade, uma criança, em circunstâncias muito especiais, que a Estrela de Belém sinalizou aos Magos, que enfureceu as autoridades políticas reinantes, surpreendeu as lideranças religiosas, e que iluminou os corações anónimos das filhas e filhos de Deus”.

O Capelão-mor da Liga dos Bombeiros Portugueses lembra ainda, na sua mensagem, “todos os que pelo mundo, nascem, vivem e morrem em guerra”.

“Da Ucrânia à Terra de Jesus, de Myanmar ao Sudão e tantos bocadinhos de III Guerra Mundial a que vamos passivamente assistindo. Lembremos também as populações vítimas dos cataclismos da natureza, nomeadamente as irmãs e irmãos da vizinha Espanha que foram atingidos pela DANA. E também todos os nossos concidadãos que vivem dificuldades”, acrescenta.

OC

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