Igreja/Portugal: «Catequese é um laboratório de diálogo e de encontro que é sempre condição para a paz» – D. António Augusto Azevedo

Bispo de Vila Real incentivou catequistas a caminhar juntos e agradeceu «o empenho na missão e no dia a dia da Igreja em Portugal»

Foto Educris

Fátima, 21 out 2023 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé (CEECDF), dos bispos de Portugal, incentivou hoje que a catequese seja sempre um “laboratório da paz”, na abertura das Jornadas Nacionais de Catequistas 2023, em Fátima.

“A catequese não serve para ocupar territórios, mas para proporcionar uma experiência de encontro com Jesus Cristo, trata-se de ser missão. A catequese é ainda e sempre um laboratório de diálogo e de encontro que é sempre condição para a paz”, disse D. António Augusto Azevedo, informa o portal Educris do Secretariado Nacional da Edução Cristã.

O presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé, da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), convidou os mais de 1100 catequistas a uma “conversão pastoral”, pediu que a catequese seja sempre “laboratório de paz”, lembrando a vivência de uma autêntica “mudança de época”.

“Nestes tempos que vivemos precisamos repensar os lugares para a paz. A catequese é laboratório deste diálogo”, sublinhou.

As Jornadas Nacionais de Catequistas 2023, intituladas ‘Olhar o novo Itinerário – Iniciação à vida cristã: os alicerces da fé’, mobilizaram mais de 1100 catequistas de todo o país, que este sábado e domingo, dias 21 e 22 de outubro, participam neste encontro, em Fátima.

Segundo o Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC), que promove esta formação, as jornadas nacionais fazem parte do “caminho de receção e divulgação do novo Itinerário para a Catequese, editado pela Conferência Episcopal Portuguesa em 2022”.

A partir do tema deste encontro de formação, o presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé, convidou a “olhar com atenção para esta nova proposta”, a olhar com “mais profundidade os horizontes que abre e os desafios que lança”.

“A implementação do Itinerário será tarefa exigente e vai dar trabalho para além dos aspetos práticos. A maior dificuldade prende-se com a mudança de paradigma, de um modelo escolar para um modelo catecumenal. Mudança que foi referida no novo diretório e que exige uma catequese evangelizadora”, desenvolveu.

Na intervenção de início dos trabalhos, D. António Augusto Azevedo pediu aos catequistas a capacidade de realizar “um caminho em conjunto”, que supõe “partilha, comunhão e entreajuda”.

“Que caminhemos juntos, em estilo sinodal, em Igreja e como Igreja que somos de modo que deste novo Itinerário resulte uma catequese renovada. Que a catequese signifique uma experiência de verdadeiro encontro, gratificante, de descoberta da fé e compromisso com a Igreja”, desenvolveu o bispo de Vila Real, que é o presidente da CEECDF.

O responsável salientou que “ninguém trabalha sozinho”, por isso, “não é uma corrida para ver quem chega primeiro”, juntos supõe a capacidade de escutar a realidade, das comunidades e famílias de hoje, “dos sinais da cultura e das novas linguagens habitadas pelas novas gerações”.

“Significa uma grande docilidade para perscrutar o que o Espírito Santo diz hoje à Igreja”, acrescentou.

D. António Augusto Azevedo também agradeceu aos catequistas, “todo o empenho na missão e no dia-a-dia da Igreja em Portugal”, nas suas palavras iniciais, de abertura das Jornadas Nacionais de Catequistas 2023, lê-se no portal online Educris.

Este ano, os trabalhos das Jornadas Nacionais de Catequistas vão realizar-se em três espaços distintos, com ligação live streaming, para além da sala principal no Centro Pastoral Paulo VI, do Santuário de Fátima.

CB

 

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