Igreja/Portugal: A «Geração 2023» é uma geração ecuménica (c/vídeo)

«Juntos somos muitos melhores, a vida corre muito melhor e podemos levar o mundo a um sítio muito melhor» – escuteira Carolina Silva

Lisboa, 23 jan 2024 (Ecclesia) – A Agência ECCLESIA foi encontro dos jovens de várias Igrejas Cristãs, na região de Lisboa, que participaram na Vigília Ecuménica Jovem realizada no contexto da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que está a decorrer no hemisfério norte.

É muito importante mostrarmos aos jovens que não é por alguém ser diferente de nós que devemos excluir essa pessoa da vivência da fé. Acho que é muito importante conviverem com pessoas que têm vivências diferentes das deles”, disse Sara Mourisco, da Paróquia da Amadora do Patriarcado de Lisboa, à Agência ECCLESIA.

A entrevistada, em declarações para o projeto ‘Geração 2023’, explicou que é importante mostrar aos jovens que “existem miúdos da idade deles que pensam como eles”, que têm uma fé igual, “até pode ser um bocadinho diferente”, mas que também têm esta fé e “esta vontade de fazer caminho”.

“Amarás ao Senhor teu Deus… e ao teu próximo como a ti mesmo”, uma frase do Evangelho de São Lucas (Lc 10, 27), é o tema da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos 2024, que, no hemisfério norte, decorre entre 18 e 25 de janeiro.

No território do Patriarcado de Lisboa, jovens de várias Igrejas de Lisboa promoveram a Vigília Ecuménica 2024, no dia 20 de janeiro, um dos encontros tradicionais deste Oitavário de Oração, este ano na igreja do Colégio de São João de Brito; um encontro organizado pelos Departamentos Juvenis das Igrejas Católica (Patriarcado de Lisboa), Lusitana (Comunhão Anglicana), Metodista, Presbiteriana e Evangélica Alemã.

“Deus me toca de muitas maneiras diferentes, então eu acredito que todo o mundo vai sair daqui tocado pela Palavra de Deus. Só temos de ser atentos para descobrir o que Deus está a querer falar connosco”, disse a jovem mais conhecida por Daniela “Na Igreja”, da Igreja Evangélica Metodista de Telheiras, à Agência ECCLESIA.

A escuteira Carolina Silva, do Agrupamento 55 da Amadora dos CNE – Corpo nacional de Escutas, explica que escreveram na ‘carta de clã’ o propósito de conhecerem o que está à sua volta, porque para viverem a sua “religiosidade e a fé” precisam de “conhecer como outras pessoas o fazem”.

“Achamos que é importante estar com outras pessoa que acreditam e de forma diferente e também darmo-nos a conhecer e colocarmo-nos ao serviço. Juntos somos muitos melhores, a vida corre muito melhor e podemos levar o mundo a um sítio muito melhor”, disse a jovem escuteira católica.

Foto: Agência ECCLESIA/HM

Cláudio da Costa, da Igreja Evangélica Metodista de Lisboa, destaca a “grande oportunidade” para partilharem a Palavra do Senhor “com as outras comunidades, seja outras nacionalidades”, que é o “ponto de união” e é isso que procuram “ao máximo primar, pela unidade em Cristo”.

“É muito desafiante sendo jovens, hoje em dia o mundo oferece inúmeras oportunidades, muitas se calhar que nos afastam de Deus, então é sempre um desafio”, disse o jovem metodista sobre a vivência da fé, no ‘Geração 2023’ deste mês de janeiro.

Já Rita Martins, do Serviço da Juventude do Patriarcado, um dos departamentos juvenis que organizou a vigília ecuménica, destaca que estas iniciativas são “muito importantes para sensibilizar os jovens para estas realidades”, e que “possam ver a importância de rezar pela unidade dos cristãos”.

‘Geração 2023’, que visa dar espaço aos protagonismos juvenis, é um projeto mensal lançado pela Agência ECCLESIA no dia 23 setembro de 2023, após a experiência da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

O projeto vai decorrer no dia 23 de cada mês, a partir de paróquias, dioceses, grupos de jovens de congregações religiosas ou movimentos católicos.

HM/ PR/CB

 

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