Igreja: Cristãos perseguidos nos cinco continentes peregrinaram ao Santuário de Fátima

Peregrinação internacional foi promovida pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, nos 50 anos da consagração da obra a Nossa Senhora de Fátima

Fátima, 14 set 2017 (Ecclesia) – A Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) concluiu esta sexta-feira a peregrinação internacional ao Santuário de Fátima, onde renovou a sua consagração a Nossa Senhora e deu a conhecer a realidade de Igrejas pobres e perseguidas pelo mundo.

“Estarmos aqui sem ter estas vozes não faria sentido, vão ajudar aperceber para quem estamos a trabalhar. Como a ajuda se transforma no terreno”, afirmou a diretora da Fundação AIS em Portugal, esta quinta-feira.

Em declarações à Agência ECCLESIA, Catarina Martins de Bettencourt disse que sem a presença de “quem recebe” e precisa de apoio “não era uma celebração em cheio no sentido de ser todos – benfeitores, colaboradores” e de quem no terreno precisa de ajuda “que são os parceiros”.

No Santuário de Fátima estiveram representantes dos cinco continentes e esta quinta-feira foram apresentados testemunhos de diferentes realidades do globo: Cuba, Filipinas, Papua Nova Guiné, Ucrânia, Niger.

O cardeal de Port Moresby, na Papua Nova Guiné, por exemplo, destacou a construção de uma escola no meio da floresta com o apoio recebido da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre.

“Esta escola é para todas as crianças. Quando construímos isto não foi apenas para nós mas para a comunidade, para católicos e todas as Igrejas. A AIS não nos ajudou só a nós mas através de nós toda a comunidade”, contou D. John Ribat, em declarações à Agência ECCLESIA, explicando que a fundação visitou-os para conhecer a realidades e as verdadeiras necessidades.

“É fundamental termos conhecimento para podermos agir depois, sem o conhecimento não podemos fazer nada. Somos a ponte entre aqueles que dão e aqueles que pedem ajuda”, acrescentou a diretora do secretariado português da AIS.

O encontro mundial da AIS acontece pelos nos 70 anos da sua fundação, pelo padre Werenfried van Straaten, e nos 50 anos da Consagração da Obra à a Nossa Senhora de Fátima, que foi renovada na terça-feira, na abertura da peregrinação.

“É muito importante estarmos aqui porque o padre Werenfried quando teve conhecimento da mensagem de Fátima, nos anos 60, percebeu que estava intrinsecamente ligada com o nosso trabalho”, contextualizou Catarina Martins de Bettencourt.

A fundação pontifícia começou o seu trabalho após a destruição do nazismo e da perseguição religiosa nos países do antigo bloco comunista do Leste da Europa.

“Sem ajuda de Nossa Senhora o nosso trabalho não consegue ser feito de forma correta, da melhor forma. Chegam-nos pedidos de oração de todo o mundo, quem está a sofrer, quem está a ser perseguido porque é cristão está acima de tudo à espera das nossas orações”, desenvolveu a diretora.

CB/PR

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