Guarda: Comissão apresentou nova estrutura para os Serviços Diocesanos

Propostas para um território onde há diminuição de habitantes, da «frequência da Missa dominical» e de sacerdotes

Padre Jorge Castela.
Foto: Diocese da Guarda

Guarda, 25 fev 2019 (Ecclesia) – O coordenador Diocesano da Pastoral da Guarda apresentou os dois primeiros capítulos da ‘Proposta para uma reorganização da Diocese da Guarda’, o qual sugere uma nova estrutura para os serviços e maior integração dos movimentos e obras de apostolado.

“É um documento de trabalho que não está fechado. Sendo uma proposta, é apenas um documento de trabalho, que poderá ser beneficiado”, disse o padre Jorge Castela, nas Jornadas do Clero da Guarda, esta quinta-feira.

Segundo a nota enviada hoje à Agência ECCLESIA, pelo jornal ‘A Guarda’, foi sugerida uma nova estrutura para os Serviços Diocesanos e a comissão multidisciplinar analisou diversos pontos, nomeadamente, serviços pastorais, agregações de fiéis, arciprestados, paróquias e unidades pastorais.

Quanto aos serviços pastorais foi proposto um Secretariado Geral da Coordenação e sete secretariados, que se subdividem em departamentos, sobre: Formação e Ministérios; Educação Cristã; Liturgia e Pastoral Sacramental; Ação Social e Caritativa; Pastoral da Família e Laicado; Missão e um Secretariado Diocesano da Cultura, Comunicações e Relações Públicas.

Para a comissão multidisciplinar de 12 pessoas – três sacerdotes, um diácono, duas consagradas e seis leigos – “é urgente melhorar a corresponsabilidade” dos movimentos, das associações de fiéis e das obras de apostolado “em termos diocesanos” e “proporcionar espaços de encontro entre eles e os restantes serviços diocesanos de apostolado”.

O documento informa que os habitantes neste território estão a diminuir, há também diminuição na frequência da Eucaristia dominical, “sobretudo nas zonas rurais”, e o número de padres no ativo “também tem vindo a diminuir nas últimas décadas”.

“As soluções não passam pela manutenção ou conservação mas por uma mudança de mentalidade, por uma conversão da própria Igreja”, salientou a Comissão Diocesana para a Reorganização da Diocese.

No preâmbulo desta proposta lê-se que, no censo de 2001, a população estimada era de “250 mil habitantes”; segundo números mais recentes, contabilizam-se “apenas 215 mil” no território da Diocese da Guarda que a 1 de novembro de 2018 tinha “130 sacerdotes incardinados”, dos quais “apenas 86 exercem uma atividade pastoral”.

O documento resulta de “dezenas de consultas bibliográficas, estatísticas e um esforço por escutar os agentes de pastoral e também especialistas, partilhando-se perspetivas e conciliando-se opções”.

A ‘Proposta para uma reorganização da Diocese da Guarda’ foi apresentada depois de “mais de um ano de reflexão”.

As Jornadas do Clero da Guarda têm como tema ‘Diocese: desafio da Missão’ e terminam hoje, no seminário diocesano.

CB/OC

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