Funchal: Bispo visitou Boaventura, paróquia afetada por temporal no dia de Natal

«Existe tanta gente que precisa de uma palavra e isso tantas vezes cura mais do que a sabedoria de médico, do que os remédios» – D. Nuno Brás

Funchal, Madeira, 09 fev 2021 (Ecclesia) – O bispo do Funchal visitou este sábado a comunidade da Boaventura, no norte da ilha da Madeira, onde rezou pelos que viveram “as dificuldades” da tempestade no dia de Natal de 2020, e incentivou à “atenção aos outros”.

“Tantas vezes existem doenças que não se curam com medicamentos, nem com especialistas, mas sim com amor. Existe tanta gente que precisa de uma palavra e isso tantas vezes cura mais do que a sabedoria de médico, do que os remédios todos que possam aparecer e nós podemos e devemos fazer curar”, disse D. Nuno Brás, na sua homilia, citada pelo ‘Jornal da Madeira’.

As comunidades de Boaventura e de Ponta Delgada, no Concelho de São Vicente, foram afetadas por um temporal a 25 de dezembro de 2020, que destruiu “a casa de 39 famílias, 6 na Boaventura e 33 na Ponta Delgada”, recorda a publicação da Diocese do Funchal.

  1. Nuno Brás, que visitou a população de Ponta Delgada no final de dezembro, teve de adiar a viagem a Boaventura por causa da pandemia Covid-19, após ter ficado em isolamento profilático.

Este sábado, o bispo presidiu à Eucaristia e rezou por aqueles que viveram “as dificuldades daquela tempestade de dia de Natal”.

O responsável sublinhou que, quando alguém “vê que ser cristão é qualquer coisa de entusiasmante, qualquer coisa de bom”, diz que gostava de ser como aquele, “de ter a fé como aquele”, e isso, “está ao alcance de todos e é missão de todos”.

“Não resolve, nem faz desaparecer, os nossos sofrimentos”, observou, acrescentando que “torna mais felizes, mais humanos” e dá “força para os ultrapassar, coragem para os viver”.

O pároco de Boaventura, o padre Duarte Gomes, agradeceu a presença do bispo diocesano, “sinal de Cristo Pastor no meio do seu rebanho”, e a sua palavra, de que “tanto” estavam “a precisar neste momento” de reconstrução.

“Tenho a certeza de que não tem faltado entreajuda, a solidariedade que parte de um coração que se deixa moldar à imagem do coração do Senhor”, referiu o sacerdote.

CB/OC

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