Fátima: Vicentinos e peregrinos incentivados a ir ao «encontro dos mais pobres e mais necessitados»

Santuário acolheu peregrinações nacionais da Sociedade de São Vicente de Paulo e dos Amigos do Verbo Divino

Fátima, 16 abr 2018 (Ecclesia) – O bispo emérito de Portalegre-Castelo Branco, D. Augusto César, afirmou a necessidade de dar “primazia à fraternidade e aos mais pobres”, na homilia da peregrinação Nacional da Sociedade de São Vicente de Paulo ao Santuário de Fátima.

“Se a moda conduz o mundo no caminho da ganância devemos olhar para os outros e ir ao encontro dos mais pobres e mais necessitados, dando primazia à fraternidade e aos mais pobres”, disse aos mais de seis mil peregrinos que participaram na Missa dominical.

O presidente da celebração observou que o mundo “encontra-se cheio de violência e de medo” e os cristãos devem olhar para Jesus Cristo fazendo o que Ele disse: “Assim como eu vos amei, amai o próximo”.

D. Augusto César explicou que a fé professada, “desde o batismo”, envolve no mistério e leva “do tempo até à eternidade”, mas não se pode “usufruir desta bênção de costas voltadas uns para os outros”.

A peregrinação Nacional da Sociedade de São Vicente de Paulo reuniu cerca de duas mil pessoas.

O bispo emérito de Portalegre-Castelo Branco recordou o fundador da Sociedade de São Vicente de Paulo (1833), Frederico Ozanam, que foi beatificado pelo Papa São João Paulo II, em 1997.

“Quem dera que muitos jovens e famílias o imitassem, o que denunciaria o culto idolátrico do dinheiro e formava uma sociedade mais justa e fraterna”, acrescentou D. Augusto César.

A Peregrinação Nacional dos Amigos do Verbo Divino à Cova da Iria também se realizou este sábado e domingo, com o lema ‘Alimentados pela Palavra, alegres em missão’.

O Santuário de Fátima informa que estiveram presentes na Missa dominical do recinto de Oração 31 grupos, de 15 países de três continentes, num número superior a seis mil peregrinos.

Os bispos do Conselho das Conferências Episcopais da Europa e do Simpósio das Conferências Episcopais de África e Madagáscar também participaram na Eucaristia, no último de quatro dias de trabalho dedicados ao tema ‘O significado da globalização para a Igreja e para as culturas na Europa e na África’.

CB/OC

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