Fátima: Mensagem de paz, solidariedade juntou 200 jovens em palco ao grupo «Gen Rosso»

Fátima, 30 nov 2017 (Ecclesia) – 200 jovens estudantes subiram ao palco do auditório do Centro Paulo VI, no Santuário de Fátima, para apresentar uma história verídica que apela à paz, solidariedade e fraternidade com o grupo internacional ‘Gen Rosso’, do movimento dos Focolares.

“Todos os jovens deviam ter algo assim para ter noção da realidade em que vivemos, que há um pouco de tudo neste mundo e não podemos ser indiferentes a essas diferenças”, disse Joana Matias, de 17 anos, e frequenta o 12.º ano no Centro de Estudos de Fátima (CEF).

Os 18 elementos, de quatro continentes, do grupo internacional ‘Gen Rosso’ trouxe a Portugal o musical ‘Streetlight’ que conta a história de Charles Moats (1951-1969), que pertenceu à juventude dos Focolares, um jovem afro-americano de um gueto da cidade de Chicago apanhado na luta entre gangues.

Para Joana Matias, foi importante conviver com as pessoas de países tão diferentes e “perceber que não é a diferença que pode separar as pessoas” mas, pelo contrário, que as une.

Também do Centro de Estudos de Fátima, a Francisco Triguinho tocou a história verídica de Charles Moats e “a mensagem de paz” do espetáculo.

“As diferenças sociais, que às vezes não notamos até por estarmos num colégio católico, e aquele rapaz sofreu muito. Apercebi-me que querendo ou não somos sempre um pouco preconceituosos”, acrescentou o jovem de 17 anos, dando como exemplo que um dia passou por uma pessoa de origem árabe num comboio e teve “pensamentos que se calhar não foram os mais corretos”.

Os alunos do Colégio São Miguel, do CEF e do Colégio Sagrado Coração de Maria, participaram em workshops desde 27 de novembro, e esta quarta-feira apresentaram o espetáculo com elementos do grupo.

Joana Matias recorda que quando começaram os ateliês os elementos do ‘Gen Rosso’ explicaram que havia lemas para cada dia: “No primeiro era ‘doar sempre’ e no segundo ‘um pelo outro’”.

“Nem sempre pensamos bem nas coisas que podemos fazer pelos outros, nem as atitudes que por vezes temos, um «bom dia, olá, obrigado» tudo conta na vida”, desenvolveu.

Francisco Triguinho realçou ainda que também gostou da “simpatia das pessoas” que sempre tiveram “muito cuidado” com todos os estudantes.

Os professores dos colégios também foram convidados a conhecer a educação não formal do ‘Gen Rosso’ com workshop próprio e Maria Conceição Primitivo considerou “muito importante toda a dinâmica”.

“Somos o pilar, a base e quem de alguma forma pode envolver os alunos em todos estes projetos e isso vai despertar em nós a consciência e necessidade de desenvolver todos estes projetos”, explicou a docente.

Para a professora de História, do Colégio de São Miguel, a arte e o espetáculo – música, dança, canto – é uma “forma de chegar até eles mais facilmente” e com “os valores que são todos os dias esquecidos e atropelados, desperta neles o envolvimento”.

O coordenador do ‘Gen Rosso’, Valério Gentile, realçou que os jovens são “o presente da sociedade” e viu professores “encantados e envolvidos” porque “não pensavam que podiam transmitir tão forte um ideal tão claro”.

Desde segunda-feira que o grupo internacional está em Fátima depois de ter passado pelas cidades de Braga e Viseu com a mesma metodologia e ao todo foram 400 jovens de oito escolas e associações que subiram ao palco, desde 19 novembro.

O ‘Gen Rosso’ existe há 50 anos, ao serviço da solidariedade e da fraternidade entre os povos; O grupo conta atualmente com 18 elementos de quatro continentes e já passaram no projeto mais de 200 pessoas.

CB/OC

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