Fátima: Consolata Museu, «um sítio para visitar as relíquias dos pastorinhos»

Padre Simão Pedro indica a importância de dar «parte artística e cultural» às pessoas

Foto: https://masefatima.blogspot.com/

Fátima, 08 jul 2022 (Ecclesia) – O padre Simão Pedro, diretor do Consolata Museu, na Cova da Iria, apresentou à Agência ECCLESIA o espaço que congrega salas de arte sacra, etnologia e até “várias relíquias dos pastorinhos de Fátima”.

“Temos a sala de natividade, a sala da paixão, destaco uma obra extraordinária que é o Senhor da Paciência, por exemplo a nossa imagem mais antiga é do século XIV, tem mais de 700 anos, e os museus servem para isso, conservar essas peças para que perdurem no tempo”, refere o religioso.

O responsável, que assumiu a direção do Consolata Museu em dezembro de 2021,  conta que se “torna difícil” conciliar os trabalhos de missionário com a organização do museu e considera “um desafio”.

“É tão importante para que consigamos ter esta parte artística e cultural para dar às pessoas”, indica o missionário da Consolata.

Outra das áreas que pode ser visitada são as salas de etnologia, “desde as culturas dos povos e o modo como vivem”. 

“Como somos missionários da Consolata estamos presentes em 30 países no mundo, mesmo nos países mais pobres, e faz sentido mostrar um pouco dessa realidade”, precisa

A sala onde estão as “relíquias dos pastorinhos” é a atração de quem visita a Consolata Museu, na Cova da Iria. 

“Estas relíquias chegaram aqui de modo curioso, os pais dos pastorinhos eram António Marto e Olímpia, neste caso o pai, a que chamamos o ‘Ti Marto’, passava aqui quase todos os dias porque esta foi a primeira casa religiosa depois do santuário em 1943 era muito amigo de um dos sacerdotes”, conta. 

O padre Simão Pedro descreve ainda que “havia pessoas que davam doações monetárias ao Ti Marto e ele despejava ali os bolsos para ajudar a construir” o atual seminário da Consolata, “uma vez que ainda não havia missionários portugueses”.

Foi sempre muito amigo desta casa e deixou estes haveres ao museu, além do barrete do Francisco temos os terços do quarto do casal, alguns objetos da família, e até o relógio de bolso do ‘Ti Marto’”.

O Consolata Museu está aberto a visitas de terça a sábado, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 17h, havendo também visitas guiadas para grupos de mais de dez pessoas, com marcação pelo telefone ou email. 

A entrevista integra o programa de rádio ECCLESIA, deste sábado, 09 de julho, às 06h00 na Antena 1 da rádio pública, sob o mote “vai e faz o mesmo” ficando depois disponível online.

SN

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