Etiópia: Cardeal católico vai liderar Comissão Nacional para a Reconciliação e Paz no país

Escolha recaiu em D. Berhaneyesus Souraphiel, arcebispo de Adis Abeba

Cidade do Vaticano, 15 fev 2019 (Ecclesia) – O cardeal Berhaneyesus Souraphiel foi nomeado coordenador da Comissão Nacional para a Reconciliação e Paz na Etiópia, que tem como objetivo orientar esta nação rumo a um futuro de estabilidade depois de mais de 20 anos de guerra.

De acordo com o portal ‘Vatican News’, a decisão acolhida “de modo positivo tanto pelo mundo da política como dos vários líderes religiosos”. foi tomada pelo primeiro-ministro da República Federal da Etiópia, Abiy Ahmed, recentemente recebido em audiência pelo Papa Francisco, no Vaticano.

O cardeal Berhaneyesus Souraphiel, de 70 anos, é atualmente o arcebispo de Adis Abeba, território que alberga a capital da Etiópia.

A referida comissão foi aprovada no final de 2018, pela Câmara de Representantes do Povo da Etiópia, “inspirada nas experiências na África do Sul e Ruanda, países que tiveram décadas de apartheid e guerra civil”.

Entre as principais atribuições do novo organismo está a defesa dos direitos das comunidades etíopes, a busca da reconciliação entre todos os grupos étnicos presentes no país, salvaguardar a justiça e garantir a unidade nacional.

A Comissão está mandatada para organizar encontros entre as várias forças vivas, políticas e sociais, no sentido de contribuir para a construção de um país mais democrático e inclusivo.

Para vice-presidente da Comissão Nacional para a Reconciliação e Paz da Etiópia foi escolhida a advogada e ativista dos Direitos Humanos Yetnebersh Nigussie, que em 2017 recebeu do Parlamento sueco o Prémio Nóbel Alternativo.

Um galardão (de nome oficial ‘Right Livelihood’) criado em 1980 para distinguir homens e mulheres que, através do seu trabalho, ajudam a encontrar soluções para os desafios da sociedade.

Depois da divulgação dos coordenadores da Comissão, o primeiro-ministro da Etiópia encorajou todos os membros a privilegiarem um trabalho em “plena autonomia e com a máxima liberdade”.

JCP

Partilhar:
Scroll to Top