EMRC: 2024/2025 vai ter novos manuais e recursos digitais originais que respondem à atualização dos «referenciais curriculares» da disciplina (c/vídeo)

Ilustração e animação valorizam a «narrativa visual» dos conteúdos nos vários ciclos de ensino, a que se alia a preocupação inclusiva

Lisboa, 01 jul 2024 (Ecclesia) – O coordenador do Departamento da Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC), no Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC), valorizou a “narrativa visual” e a “preocupação inclusiva” dos novos manuais da disciplina, que respondem à atualização dos seus “referenciais curriculares”.

“Há uma atualização dos seus referenciais curriculares e os manuais e, depois, os seus recursos complementares têm que traduzir estes novos referenciais”, afirmou António Cordeiro à Agência ECCLESIA.

Em declarações emitidas hoje no programa Ecclesia (RTP2), o coordenador do departamento da EMRC lembrou o “processo que já tem bastantes anos” de renovação dos materiais e recursos didáticos da disciplina, que é “competência e responsabilidade” da Igreja Católica, o que está agora a ser feito com a colaboração de mais de 100 professores, de quase todas as dioceses do país.

“Nós quisemos, já que falamos em sinodalidade, quisemos concretizá-la também naquilo que diz respeito à vertente muito importante na Igreja, que é a educativa, através da nossa presença nas escolas, com os nossos manuais atualizados e com os seus recursos complementares”, indicou.

Os manuais e os recursos digitais da disciplina de EMRC apostam na imagem para “chamar a atenção” dos alunos, nos vários ciclos de ensino, e, a pensar nos conteúdos do primeiro ciclo, valoriza as ilustrações criadas por Pedro Rocha e Mello para passar as mensagens, para cada ano.

“Foi um desafio adicional criar ilustrações, seja no lado mais simpático das personagens, seja na paleta de cores, que fossem aliciantes e apelativos, mas sempre jogando aqui com o lado pedagógico e com as pessoas para perceber o que é que funciona bem o que é que funciona menos bem”, refere o ilustrador.

Para Pedro Rocha e Mello, a atual geração, “mais do que as anteriores”, é “bombardeada com o conteúdo de consumo muito rápido” e há a necessidade de “chamar  a atenção” dos alunos para as mensagens que fazem parte dos processos de aprendizagem.

O ilustrador referiu também, a respeito dos manuais para os alunos do início do 1º ciclo, que houve a preocupação de ter presente que “são crianças que estão a aprender a ler” e, mais do que valorizar o texto, passar as mensagens através de “algumas palavras”, onde a “parte visual fosse forte o suficiente e fosse impactante”.

A apresentação dos novos manuais e recursos digitais de Educação Moral e Religiosa Católica, no programa Ecclesia emitido hoje, contou também com a presença de Luís Coelho, professor da disciplina na Escola da Damaia e coordenador da equipa de autores dos conteúdos do 1º ciclo, que valorizou o “desafio” concretizado num trabalho em equipa e que incluiu professores do ensino público e do ensino privado

“É claro que há pontos de vista muito diferentes daquilo que são as realidades educativas de cada um de nós que está na equipa e é um desafio cada um dar os seus contributos, os seus pontos de vista, e depois chegarmos a um consenso para aquilo que deve estar no manual, sabendo que o manual não é para a minha escola em particular, não é para aquele colégio em particular, mas é para um país todo”, afirmou.

Recordando a experiência como professor, Luís Coelho valorizou a aposta na “imagem visual que os alunos vão ter pela frente”, possível pela presença na equipa de um ilustrador.

“Através da animação conseguimos chegar a todos e envolver todos nestas aprendizagens que queremos transmitir e acreditamos que será uma mais-valia para o professor, também para a dinamização e a preparação das suas aulas”, afirmou.

António Cordeiro, coordenador do departamento de EMRC referiu-se também à “questão da desmaterialização” dos recursos em ambiente escolar, afirmando que algumas escolas usam apenas manuais digitais, o que levou o SNEC a fazer uma parceria com o Grupo Porto Editora para garantir as respostas necessárias na disciplina de EMRC no ambiente da Escola Virtual.

“Esta é uma resposta prática, tem que ser dada, mas não queremos situar-nos apenas no digital, ou seja, queremos continuar a missão da disciplina de humanização, de presença, de diálogo direto com os nossos alunos”, afirmou António Cordeiro, valorizando também a preocupação inclusiva do projeto pela inserção de Língua Gestual Portuguesa e a assistência de legendagem, quando necessário.

De acordo com o portal Educris, do SNEC, até setembro vão ser disponibilizados mais de 200 recursos para a disciplina de EMRC, nomeadamente testes, quizzes e vídeos”.

PR

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