Educação: Arcebispo de Braga e presidente da República deixam alertas contra o bullying

Espaço Vita acolheu conferência «Mais Escola, Melhor Família»

Foto: Presidência da República

Braga, 08 jun 2022 (Ecclesia) – O Espaço Vita, da Arquidiocese de Braga acolheu hoje a iniciativa “Mais Escola, Melhor Família”, com alertas contra o bullying e a violência em contexto escolar.

Em declarações à Agência ECCLESIA, D. José Cordeiro, arcebispo primaz, destacou a “extrema atualidade” do debate, promovido pelo ‘Correio da Manhã’ e a CMTV, “por uma cultura de paz, contra a violência”.

O responsável católico sublinhou que a iniciativa responde à mensagem do Papa para o último Dia Mundial das Comunicações Sociais, “escutar com o ouvido do coração”, indo ao encontro das escolas, das crianças e adolescentes, dos professores, pais e autoridades.

“Só nesta relação intergeracional e no trabalho em rede é que podemos, juntos, acompanhar os mais novos nos caminhos da paz e da fraternidade”, indicou o arcebispo de Braga.

D. José Cordeiro evocou a poesia de Sebastião Alba para dizer que todas as pessoas são “expressão de uma comunidade”, concluindo com outra citação, de Sophia de Mello Breyner, pedindo a paz “sem vencedor e sem vencidos”.

Do encontro surgiu a ideia de unir forças vivas da cidade de Braga, para trabalhar junto das novas gerações, e a 5 de julho vai decorrer um primeiro encontro dedicado ao combate de “todos os tipos de violência”.

A conferência integrou o âmbito do programa das comemorações oficiais do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, em Braga, do presidente da República.

Foto: Lusa

Marcelo Rebelo de Sousa destacou, na sua intervenção, que o bullying sempre aconteceu, “mas não se falava nisso.

“A escola projeta como um retrato as tensões da sociedade. Vemos que há uma subida de violência no mundo ou, pelo menos, do conhecimento dela. Tem de se encontrar uma maneira de se equilibrarem as sociedades que têm fatores de stress e desequilíbrio”, indicou, numa intervenção citada pelo Departamento Arquidiocesano das Comunicações Sociais (DACS), de Braga.

O chefe de Estado advertiu que a violência se “sofisticou” e a pandemia de Covid-19 “também a estimulou, criou stress”.

“Ainda hoje não sabemos as consequências da pandemia na saúde mental das pessoas. Esse stress convida à violência diferida, atrasada, tardia”, advertiu.

CB/OC

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