Direitos Humanos: Fundação católica analisa impacto da pandemia (c/vídeo)

Projeto «Tik Tak» vai dar origem a documentário, com relatos na primeira pessoa

 

Lisboa, 17 mai 2023 (Ecclesia) – Catarina António, gestora de projetos da Fundação Fé e Cooperação (FEC), alertou para o impacto, sobre os Direitos Humanos, de algumas das medidas públicas que surgiram com a Covid-19.

“Durante a pandemia, as medidas suspendiam os direitos humanos porque as pessoas não podiam circular, não tinham acesso à saúde, acesso à educação”, realçou à Agência ECCLESIA, numa entrevista a respeito do projeto ‘Tik Tak – Human Rights on Hold’.

A iniciativa pretende fazer uma “visão global” dos principais Direitos Humanos que “ficaram suspensos e as políticas públicas que os acompanharam”.

O projeto vista capacitar 50 jovens, de cinco Organizações Não-Governamentais (ONG) e 20 colaboradores em Direitos Humanos, “promovendo a monitorização de políticas públicas e a implementação de campanhas de sensibilização e de advocacia nesta área”.

Rúben Lopes, jovem de Viseu, é um dos voluntários ‘Tik Tak – Human Rights on Hold’.

Depois da primeira reunião, os colaboradores focaram-se “na saúde mental, ligada ao mundo do trabalho, que vai ser lançada”, disse Rúben Lopes, em entrevista emitida hoje no Programa ECCLESIA (RTP2).

A experiência de confinamento levou à “alteração de padrões de vida” e “mexeu com a carga emocional das pessoas”, mas o foco do projeto “não é, essencialmente, a saúde mental”, realça Catarina António.

O projeto termina no final deste mês, sendo posteriormente lançado um “documentário de histórias de vida na primeira pessoa e do impacto da pandemia nas pessoas concretas”.

A pandemia veio “colocar a nu aquilo que já era frágil” e exemplifica o caso “do Sistema Nacional de Saúde”, afirma a gestora de projetos da FEC.

Este projeto pretende “produzir recomendações” que sustentem a ação política a favor dos direitos humanos, no contexto da pandemia, a partir da recolha de histórias de vida e da evidência científica disponível e “contribuir para monitorização das medidas de combate à Covid-19 e das políticas públicas, na ótica da proteção e promoção dos direitos humanos”, finalizou.

HM/LFS/OC

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