Covid-19: Papa pede solidariedade para «jornais de rua»

Publicações ajudam população desfavorecida e em situação de sem-abrigo

Cidade do Vaticano, 27 abr 2020 (Ecclesia) – O Papa enviou uma mensagem de solidariedade aos “jornais de rua” publicações distribuídas por voluntários, imigrantes e sem-abrigo, postos à prova pela pandemia de Covid-19.

No texto, divulgado pelo Vaticano, Francisco elogia estes títulos “extraordinários”, mais de 100 em todo o mundo, encorajando-os a continuar o seu trabalho.

“A vida de milhões de pessoas no nosso mundo, já confrontadas com tantos desafios difíceis e oprimidas pela pandemia, mudou e está a ser colocada à prova”, escreve

Segundo o Papa, perante a crise provocada pelo novo coronavírus, “as pessoas mais frágeis, os invisíveis, as pessoas sem-abrigo correm o risco de pagar a conta mais alta”.

O isolamento social tem impacto na vida dos que vendem os jornais de rua, “na sua maioria pessoas sem-abrigo, gravemente marginalizadas, desempregadas, milhares de pessoas em todo o mundo que vivem e têm um trabalho graças à venda destes jornais extraordinários”.

Na Itália, o Papa recorda “a bonita experiência” de “Scarp de’ ténis”, o projeto da Cáritas que permite a mais de 130 pessoas em dificuldade ter um rendimento próprio.

“Olhar para as pessoas mais pobres nestes dias pode ajudar-nos a tomar consciência do que realmente nos está a acontecer e da nossa verdadeira condição”, sustenta Francisco.

Em Portugal, e pela primeira vez em 25 anos, a Revista Cais não foi para as ruas no mês de abril e a associação responsável pela publicação lançou um apelo, através da rede social Facebook: “É com algum sentido de urgência que pedimos que nos ajudem a apoiar os nossos vendedores através de um donativo. Neste momento, só conseguimos assegurar os seus rendimentos no mês de abril. Para os vendedores, a venda da Revista é uma fonte fundamental de sustento”.

OC

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