Coro JMJ: Uma experiência de caminho

Maria Antunes, Diocese de Setúbal

A vida na igreja nem sempre é um caminho fácil, muitas vezes somos postos à prova com questões que nos fazem pensar e refletir sobre o porquê de acreditarmos, o porquê de termos esta fé.

Eu tenho 16 anos e até agora o meu caminho na igreja, com Deus, teve altos e baixos e acredito que não seja a única. Nasci e cresci na minha paróquia, ia à missa e à catequese ao domingo de manhã, os meus amigos da catequese e os meus pais sempre estiveram bastante presentes na minha caminhada cristã. A minha mãe era catequista e o meu pai animava a missa, por isso estive sempre muito ligada à parte da música.

Esta minha ligação com a música e com Deus cresceu bastante durante o ano 2023, o ano de preparação mais intensa para as Jornadas Mundiais da Juventude.

Dois anos antes começaram as audições para o coro das JMJ e os meus pais lá me convenceram a participar, eu nem estava muito entusiasmada, porque era bastante nova e as audições eram para toda a gente do país, que na data das JMJ tivesse de 15 a 30 anos, e eu teria 15. Achei que, com tanta gente mais experiente a participar, seria impossível a hipótese de conseguir entrar.

Depois de várias provas, recebi a feliz noticia que tinha sido selecionada e começaram então os ensaios. Foi neste ambiente, em que toda a gente estava reunida com o mesmo propósito, com algo muito forte que nos ligava a todos e que era este Amor de Deus, que a minha fé cresceu.

O coro era composto por pessoas de todo o país, tornando esta experiência muito enriquecedora, uma vez que cada pessoa tinha uma história, uma experiência de vida diferente.

Foi esta diversidade que transformou tantas horas de ensaio e convívio em algo tão bonito, nas celebrações das JMJ e na vida de cada um. Estas pessoas ajudaram-me a crescer, tanto na fé como enquanto pessoa, ajudaram-me a perceber que realmente nada acontece por acaso e que Deus tem um plano para cada um de nós e, por muito que às vezes algo pareça uma impossibilidade, Deus mostra-nos que aos seus olhos nada é impossível, eu senti isso quando me apercebi da grandiosidade que é o coro e o privilégio que é poder viver essa experiência.

Deus sabe sempre o que é melhor, muitas vezes os caminhos podem ser mais montanhosos, e de certeza que uns são mais do que outros, mas se há coisa que aprendi nas JMJ é que, Deus nunca deixa de olhar por nós e, mesmo que algo não pareça bem, Deus mostra que tudo acontece porque tem de acontecer, porque Ele assim quis e a fé é isso mesmo, acreditar e confiar no caminho que Deus já traçou para cada um de nós.

Maria Antunes, Diocese de Setúbal

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