«Conversas na ECCLESIA»: Encíclica «Laudato Si» pode ser motor para um mundo mais inclusivo e sustentável (c/vídeo)

Rede Cuidar da Casa Comum foi apresentada pelo Vaticano como exemplo na divulgação do ensinamento de Francisco

Lisboa, 18 jun 2020 (Ecclesia) – A encíclica social e ecológica ‘Laudato Si’, publicada pelo Papa há cinco anos, pode ser uma referência para a reconstrução no pós-pandemia, afirma Rita Veiga, da comissão executiva da ‘Rede Cuidar da Casa Comum’.

“Temos de ser capazes de construir um mundo mais justo, que não deixe ninguém para trás, que seja mais inclusivo e, ao mesmo tempo, sustentável”, refere, na edição de hoje das ‘Conversas na ECCLESIA’, que abordam a atividade do Papa e da Santa Sé.

O trabalho da rede portuguesa, referido hoje como um exemplo pelo Vaticano na divulgação da encíclica, procura promover uma “conversão ecológica”, não só ambiental, mas também “social e espiritual”.

“Não sei explicar porque é que não há muito mais referências a um documento que pode ser quase que refundador da nossa maneira de estar no mundo. A que estamos a ter até agora não está a resultar muito bem”, aponta Rita Veiga.

Já o padre José Maria Brito, diretor do ‘Ponto SJ’, portal dos Jesuítas em Portugal, lembra que a página propôs um “exame de consciência ecológico”, a partir da ‘Laudato Si’, sublinhando a importância de “dar ordem” à vida, para que ninguém se sinta “dividido” ou “desequilibrado”

“Quando olhamos para a realidade, o nosso olhar não pode ser sectário”, precisa.

A conversa abordou ainda a mensagem do Papa para o Dia Mundial dos Pobres, divulgada no dia se Santo António.

“A intenção do Papa é que, de alguma forma, o nosso olhar não fuja da realidade”, indica o religioso jesuíta, realçando a capacidade de Francisco em “desacomodar”.

O padre José Maria Brito entende que as consequências sociais e políticas da pandemia vão exigir “um outro estilo de vida”, para mudar o mundo “a partir da própria realidade pessoal”, promovendo a transformação comunitária.

Rita Veiga considera que as pessoas foram “sensíveis” ao sofrimento alheio, às “pessoas que têm ficado esquecidas” e que são o rosto de Jesus, para os católicos.

“O Papa faz sentir no seu discurso que cada um de nós conta”, acrescenta.

O projeto ‘Conversas na Ecclesia’ visa partilhar, de segunda a sexta-feira, um tempo de diálogo sobre cinco temas, publicados nas redes sociais, a partir das 17h00.

A semana começa com temas direcionados para jovens, depois a solidariedade e o cuidado da casa comum, as novas formas de liturgia e de pertença, os acontecimentos vividos a partir do Vaticano e, a terminar a semana, uma conversa com propostas e perspetiva culturais.

OC

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