Comunicação: Programa Ecclesia deu voz aos missionários e mostrou «Igreja dinâmica e laical»

«Conversas Além-Fronteiras» marcaram outubro missionário em 2020 e 2021 com relatos de missão espalhados pelo mundo

Lisboa, 09 fev 2022 (Ecclesia) – Catarina António, da Plataforma de Voluntariado Missionário, dinamizada pela Fundação Fé e Cooperação, afirmou a importância de dar espaço mediático às missões que os voluntários desenvolvem, mostrando uma “Igreja dinâmica e laical”.

“Permite que se conheça uma Igreja viva, que há pessoas que continuam a deixar tudo e a partir e permite que se partilhe o papel dos leigos na Igreja. Os consagrados e os padres têm sempre espaço, mas o papel invisível dos leigos está mais esbatido. A partilha do trabalho missionário, seja em rostos ou números, significa dar voz aos leigos e ao papel fundamental que eles têm na Igreja”, explica à Agência ECCLESIA, a responsável pela Plataforma de Voluntariado Missionário.

O programa Ecclesia na Antena 1 vai mudar de horário mas em 12 anos de emissão tem procurado dar “rosto” aos muitos testemunhos de pessoas que partem em missão e que, “pela voz transmitem a paixão e o amor com que viveram essa missão”

Catarina António acredita que quem escuta os testemunhos dos voluntários missionários acicata o desejo de partir ao mesmo tempo que quem partilha a missão “escuta o amor que o missionário lhes dedica”.

“O missionário recebe mais do que dá, todos o sentem, mas é importante reconhecer esta doação. Estamos a assistir a uma sociedade egoísta e poder reconhecer este trabalho e as pessoas que se dão, é muito importante”, sublinha a responsável.

O padre Simão Pedro, missionário da Consolata, reconhece que a Igreja em Portugal sempre valorizou a dimensão missionária o que daí resultam boas parcerias e cooperação.

Foto: Agência ECCLESIA/MC

“Foram enviados no final de janeiro dois contentores, para a diocese de Tete: um com material médico e medicamentos que ali não existem; outro com material vário: litúrgico, livros, imagens de Nossa senhora, enxadas. Com a pandemia, com a tempestade Ana e outras que até ao fim da época das cheias vão aparecer, os contentores chegaram no momento exato”, dá conta o padre Simão Pedro, que durante oito anos viveu na diocese que hoje tem à sua frente D. Diamantino Antunes, também ele Missionário da Consolata.

“Tive oito anos em Moçambique e não havia televisão, as pessoas não tinham o ecrã, apenas possuíam a rádio. A voz é essencial porque demonstra as emoções e a rádio tem favorecido o espalhar a mensagem missionária procurando sintonias”, acrescenta.

Em 2020 e 2021 os Institutos Missionários Ad Gentes e a Ecclesia emitiram «Conversas Além-Fronteiras», dando conta do trabalho que muitos missionários realizam em diferentes locais do mundo.

“Foi muito bom termos esta parceria para fazermos chegar aos nossos ouvintes o trabalho, a missão espalhada pelo mundo fora”, reconhece o missionário, que até novembro de 2021 foi responsável por este organismo.

O padre Simão Pedro explica que o missionário “é enviado em nome da Igreja” – o facto de o seu trabalho ser “acompanhado” ajuda a que “não se sinta sozinho” e a que a Igreja “não esqueça os missionários”.

O Programa Ecclesia vai olhar, esta semana, para os mais de 12 anos de emissão, na Antena 1 da rádio pública.

LS

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