China: Autoridades investigam advogados que defendem cristãos

Lisboa, 22 jan 2018 (Ecclesia) – A fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) denuncia que as autoridades da província de Yunnan, no sul da China, estão a investigar os advogados de cristãos “acusados” de terem ligações a uma igreja evangélica” considerada “ilegal”.

Na informação enviada à Agência ECCLESIA, o secretariado português da AIS explica que a Igreja ‘Three Grades of Servants’ foi considerada como “seita” e, nesse contexto, “perigosa” pelos responsáveis do Partido Comunista Chinês.

A consequência da ilegalidade é que cerca de 40 cristãos foram acusados de prática religiosa ilícita e alguns “arriscam, segundo diversas fontes, severas penas de prisão”.

Segundo a fundação pontifícia, as autoridades da província de Yunnan, no sul da China, notificaram os advogados que se disponibilizaram para defender esses cristãos, algo que “está a ser entendido como uma manobra intimidatória”.

A AIS realça que este caso tem “particular relevo” inserido num contexto global de perseguição aos cristãos na China, como a denúncia da “demolição de igrejas cristãs”, três em menos de um mês, relatado no passado dia 16.

“As demolições de igrejas têm feito crescer o temor de que se estará perante uma onda de perseguição e de ataque à liberdade religiosa sem precedentes nos tempos recentes”, desenvolve.

A Fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre recorda ainda que o padre Lu Danhua, Diocese de Lishui, ligado à denominada Igreja Clandestina, continua desaparecido “desde que as autoridades locais o convocaram para uma reunião poucos dias após o Natal”.

CB

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