Chile: Papa vai encontrar-se com vítimas da ditadura

Porta-voz do Vaticano sublinha atenção às comunidades indígenas na próxima viagem internacional de Francisco

Cidade do Vaticano, 11 jan 2018 (Ecclesia) – O porta-voz do Vaticano, Greg Burke, adiantou hoje em conferência de imprensa que o Papa se vai encontrar com vítimas da ditadura do general Augusto Pinochet, no Chile, a 18 de janeiro.

A reunião com “duas vítimas da repressão dos anos 70” vai decorrer na cidade andina de Iquique, com 300 mil habitantes, que recebe um pontífice católico pela primeira vez na história.

Burke informou ainda que o Papa vai almoçar com 9 membros do povo mapuche na localidade de Temuco, a 17 de janeiro.

Na sua 22ª viagem internacional (15-22 de janeiro), Francisco quis encontrar-se com representantes das comunidades indígenas de Araucanía, no Chile, e da Amazónia, no Peru.

A Igreja Católica no Chile enfrenta as consequências de casos de abusos sexuais cometidos por membros do clero ou em instituições da Igreja Católica.

Greg Burke, diretor da sala de imprensa da Santa Sé, referiu que não está previsto na agenda oficial do Papa qualquer encontro com vítimas de abusos, mas sublinhou que os melhores encontros acontecem “em privado”, nestes casos.

Os católicos representam 74% dos 18 milhões de habitantes do Chile, segundo estatísticas divulgadas hoje pelo Vaticano.

Durante as celebrações a que o Papa vai presidir no país sul-americano, os participantes vão rezar pelos indígenas mapuches, pelos agricultores e os imigrantes.

O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, disse em entrevista ao portal do Vaticano que o Papa vai ao chile e ao Peru “como pastor da Igreja universal para se encontrar com as Igrejas locais”, sendo de esperar “palavras muito incisivas” sobre temas como a corrupção, principal obstáculo para “a superação da pobreza e da miséria”.

OC

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