Bragança-Miranda: Santuário de Cerejais situa-se num território de paz, mas ilumina-se de vermelho a pensar no «drama da perseguição religiosa» no mundo

Local dedicado ao Imaculado Coração de Maria associa-se à «#RedWeek2024», a Semana Vermelha promovida pela Fundação Ajuda à Igreja que sofre

Foto: Agência ECCLESIA/CB

Alfândega da Fé, 18 nov 2024 (Ecclesia) – O Santuário do Imaculado Coração de Maria, em Cerejais, na Diocese de Bragança-Miranda, ilumina-se de vermelho em defesa da “liberdade religiosa”, a partir de hoje, associando-se à ‘#RedWeek2024’ da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, até 24 de novembro.

“Apesar de nós vermos aqui uma relativa paz, nós também somos solidários e vivemos o sofrimento de toda a Igreja Universal, rezando naturalmente por eles, mas também pelo Papa Francisco, que é uma das intenções que nós colocamos sempre aqui no nosso santuário, pelo Papa e pelo nosso bispo diocesano”, disse o reitor do Santuário Diocesano do Imaculado de Coração de Maria de Cerejais, em Alfândega da Fé, em declarações à Agência ECCLESIA.

A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), através dos vários secretariados internacionais, incluindo Portugal, dinamiza a #RedWeek2024 [‘Semana Vermelha’], a partir desta segunda-feira, de 18 a 24 de novembro, e ilumina de vermelho “alguns monumentos significativos” em vários países, para chamar a atenção da opinião pública “para o drama da perseguição religiosa aos Cristãos e a necessidade de garantir a liberdade religiosa”.

O padre Manuel Ribeiro salienta que ser católico, como foi no passado, “ainda hoje é, em alguns sítios, um sinal de perseguição”, por isso, esta comunhão, “entre todos e com todos, que ajuda também a perceber este caminho”.

Esta iniciativa da fundação pontifícia AIS tem como objetivo “combater a indiferença”, o Santuário Diocesano do Imaculado Coração de Maria, em Cerejais, junta-se a este movimento internacional da Ajuda à Igreja que Sofre “para relembrar” que são “fruto do sangue dos mártires”.

“E cabe a cada um de nós, no nosso mártir diário, na nossa própria vida, ser testemunho daquele que dá à vida, daquele que sangra. Que sangra não só no sentido físico daquele que dá, mas também que sangra na sua alma”, realçou o reitor do santuário transmontano.

Foto: Agência ECCLESIA/CB

“Que dá um testemunho que de facto seja credível e eloquente, mas sobretudo agregador. E esta comunhão com a Igreja Universal, por isso este polo, como lugar mariano, também é sinal de sinodalidade, é sinal de comunhão nesta catolicidade que é a Igreja”, desenvolveu.

O padre Manuel Ribeiro recordou que a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre apresentou o seu relatório anual sobre liberdade religiosa neste santuário mariano transmontano, no passado dia 13, “e foi muito interessante”.

“Estava o santuário cheio, com curiosos, mas esta curiosidade também fez sentir e fez comungar, cada um de nós que ali estava como parte integrante daquele que sofre”, assinalou o reitor do Santuário do Imaculado Coração de Maria de Cerejais, na Diocese de Bragança-Miranda.

No âmbito da ‘Red Week’ (‘Semana vermelha’), o secretariado português da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) vai lançar o relatório ‘Perseguidos e Esquecidos?’, sobre a violência contra os cristãos no mundo, esta quarta-feira, dia 20 de novembro, pelas 17h30, no auditório do Mude – Museu do Design, em Lisboa (Rua Augusta, 24).

Após a apresentação do relatório vai ser iluminado de vermelho o monumento a D. José I na Praça do Comércio e, simultaneamente, o monumento ao Cristo Rei, em Almada.

A Fundação AIS vai apresentar ainda o relatório ‘Perseguidos e Esquecidos’ em Santarém, Aveiro e Évora, respetivamente nos dias 21, 22 e 23 de novembro.

O Santuário do Imaculado Coração de Maria, na aldeia mariana de Cerejais, em Alfândega da Fé, que também vai estar iluminado de vermelho, é gerido pela Fundação Cónego Manuel Joaquim Ochôa, uma IPSS que tem também um Lar de Idosos; foi elevado a Santuário Diocesano a 18 de junho 2017, a sua história começou em 1961 com a construção de uma capela, em ligação às aparições de Nossa Senhora em Fátima.

CB/OC

 

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