Bragança-Miranda: «O nosso tempo tornou-se aflitivo», afirmou D. Nuno Almeida na Missa da Noite de Natal

Bispo da diocese desafia a deixar as «ilusões do efémero para ir ao essencial»

Foto: Agência ECCLESIA/CB

Bragança, 24 dez 2023 (Ecclesia) – O bispo da Diocese de Bragança-Miranda afirmou na homilia da Missa da Noite de Natal que esta é uma “noite de glória, de alegria e de luz”, num tempo que se tornou “aflitivo” por causa “escalada das guerras”.

“O nosso tempo tornou-se aflitivo, pois acordamos e adormecemos com notícias, relatos e imagens aterradoras que não julgávamos possíveis nem nos nossos piores pesadelos. A terrível escalada das guerras e conflitos desumanos multiplica as vítimas inocentes em todos os lados das trincheiras”, disse D. Nuno Almeida.

Na primeira celebração do Natal como bispo da Diocese de Bragança-Miranda, D. Nuno Almeida desafiou a deixar as “ilusões do efémero para ir ao essencial”, apontando o Natal como um “mistério de esperança”.

“O mistério do Natal interpela e mexe connosco porque é um mistério de esperança e simultaneamente de tristeza. Traz consigo um sabor de tristeza, já que o amor não é acolhido e a vida é frequentemente descartada”, referiu.

D. Nuno Almeida lembrou que este mistério se concentra nesse “menino envolto em panos” que os pastores visitam e que o verdadeiro Natal reside nessa “simplicidade frágil dum pequenino recém-nascido”.

Na Catedral de Bragança-Miranda, o bispo da diocese sublinhou que o Natal é ocasião para “despertar e cultivar uma atitude livre e corajosa de promoção da paz”.

“Não podemos desistir de contribuir com a nossa parte para resgatar a esperança. (…) Todos podemos ser pacificadores nos nossos ambientes”, afirmou.

D. Nuno Almeida referiu-se “sobretudo os mais velhos, os doentes e todas as pessoas que vivem no sofrimento, na solidão, no isolamento, na prisão, na deficiência, na ignorância, na pobreza, na depressão, no stress, no luto, no desemprego e na migração ou vivem nas periferias existenciais que são invisíveis”.

“Com Maria e José, paremos diante da manjedoura, diante de Jesus que nasce como pão para a nossa vida. Contemplando o seu amor humilde e infinito, digamos-Lhe pura e simplesmente obrigado: Obrigado, porque fizestes tudo isto por mim, por nós”, concluiu o bispo da Diocese Bragança-Miranda na homilia da Noite de Natal.

HM/PR

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