Braga: «Nunca poderemos ser uma agência de serviços», diz arcebispo

D. Jorge Ortiga presidiu à ordenação de quatro diáconos

Foto: Arquidiocese de Braga

Braga, 22 abr 2018 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga presidiu hoje, na Cripta do Sameiro, à ordenação de quatro novos diáconos, cerimónia que marcou o encerramento da Semana da Oração pelas Vocações, e alertou para uma mentalidade de “agência de serviços” na Igreja.

“São muitos os desafios colocados à Igreja. Nunca poderemos ser uma agência de serviços. Somos convidados por Jesus a viver no seu amor, o qual se experimenta pessoal e quotidianamente no íntimo dos nossos corações e se manifesta nas nossas ações”, assinalou D. Jorge Ortiga, na homilia da Eucaristia.

A intervenção centrou-se no sentido da “diaconia” (serviço) na vida das comunidades católicas, pedindo que ninguém desvirtue o “sentido do chamamento de Deus”.

“É sublime a nossa vocação, que muitas vezes é banalizada ou fica apenas pelo seu estatuto”, assinalou o arcebispo primaz.

O responsável convidou a oração para que todos os batizados da arquidiocese minhota “cresçam na escuta, no discernimento e vivam a chamada do Senhor”.

“Que a Senhora do Sameiro nos conceda a graça de muitos redescobrirem a diaconia como caminho”, pediu.

A homilia de D. Jorge Ortiga tinha como título “Obstinar-se, gastar-se, cansar-se”, verbos apresentados como as “marcas de um povo que compreende a missão libertadora de Cristo e a quer continuar com alegria renovada e generosidade”.

O arcebispo de Braga considerou que a ordenação de diáconos deve ser um convite para que, na vida dos católicos, o serviço se transforme numa “mentalidade”.

“Servimos onde Deus nos envia e onde a nossa presença é necessária. Muitas vezes temos de ir contracorrente, sobretudo quando o ambiente circundante aconselha a desfrutar a vida com distração, entretenimento, comodismo ou alheamento”, assinalou.

A Igreja Católica em Portugal encerrou hoje a Semana de Oração pelas Vocações.

OC

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