Braga: Netos e jovens precisam da riqueza dos avós e dos idosos, sublinha bispo auxiliar

D. Nuno Almeida falou da «verdadeira e própria vocação» dos mais velhos

Braga, 26 jul 2021 (Ecclesia) – D. Nuno Almeida, bispo auxiliar de Braga, disse este domingo que os netos e os “mais novos” precisam da riqueza dos avós e idosos, na homilia da Missa a que presidiu no Santuário do Sameiro.

“Precisam dos vossos cinco pães: a vossa sabedoria, os vossos afetos, os vossos sonhos, a vossa memória, o vosso testemunho de fé. Eles precisam dos vossos dois peixes: o vosso amor gratuito, a vossa oração; em tempo de pandemia, esta oração acalenta a serena confiança de encontrar um porto seguro”, explicou, na Eucaristia do I Dia Mundial dos Avós e dos Idosos celebrado pela Igreja Católica.

Na homilia enviada à Agência ECCLESIA, D. Nuno Almeida destacou que os avós são os primeiros a chegar às maternidades e “reconhecem de imediato qualquer parecença familiar”, seguram com confiança a fragilidade de um recém-nascido e “adormecem birras de sono como mais ninguém”.

O bispo auxiliar de Braga salientou a importância da presença contínua dos avós na vida dos netos ao longos dos anos, como ficar “quietos à beira-mar, enquanto as ondas molham pés pequeninos”, limpar os joelhos feridos em brincadeiras de rua” ou dar o banho ao final do dia, “à espera dos pais que hão de chegar”.

“Descobrem qual o brinquedo sonhado e dizem adeus, com os olhos molhados, quando recebem abraços demorados nas despedidas. Mais tarde, ouvem em silêncio as queixas, as dúvidas e os sobressaltos. Emocionam-se com etapas vencidas, com os estudos terminados. Preocupam-se com os fracassos, acendem velas em dias de exame, rezam pelos seus netos”, desenvolveu.

O Papa Francisco instituiu a celebração de um ‘Dia Mundial dos Avós e dos Idosos’, que se assinala no quarto domingo de julho, junto à celebração litúrgica de São Joaquim e Santa Ana (26 de julho).

Na celebração que decorreu no Santuário do Sameiro, D. Nuno Almeida explicou aos avós e idosos que a sua “verdadeira e própria vocação”, segundo escreveu o Papa na sua mensagem, “é tripla”: ajudar “os netos e os mais novos a não perderem as suas raízes”; transmitir “a fé às novas gerações pelo testemunho”; e cuidar e mimar “os netos com a bênção dos afetos”.

“Para esta missão, nenhum de vós pode dizer que está aposentado ou que já se reformou! Há que ir em frente”, realçou.

Na Eucaristia, organizada pelo Departamento Arquidiocesano da Pastoral Familiar, o bispo auxiliar de Braga agradeceu aos avós e idosos por serem “testemunhas privilegiadas do amor fiel, mimoso e carinhoso” de Deus.

CB/OC

 

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