Braga: «A paz nasce de um coração amado e perdoado», afirma arcebispo

D. José Cordeiro presidiu à missa na Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, na Sé

Foto: Arquidiocese de Braga

Braga, 02 jan 2024 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga evocou ontem, na missa que presidiu na Sé daquela diocese, o tema “Inteligência Artificial e Paz” que o Papa Francisco escolheu para o Dia Mundial da Paz, celebrado a 1 de janeiro de 2024.

“A sua intenção [Papa] é a de encorajar, para que os progressos no desenvolvimento de formas de inteligência artificial sirvam a causa da fraternidade humana e da paz na inteira família humana”, afirmou D. José Cordeiro, na homilia da eucaristia na Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, informa a Arquidiocese de Braga.

O arcebispo recordou as palavras do Papa Francisco, cuja oração é que “o rápido desenvolvimento de formas de inteligência artificial não aumente as já demasiadas desigualdades e injustiças presentes no mundo, mas contribua para pôr fim às guerras e conflitos e para aliviar muitas formas de sofrimento que afligem a família humana”.

A paz nasce de um coração amado e perdoado. Em cada celebração manifesta-se o dom da paz e por isso na sua conclusão somos enviados em missão como edificadores da paz: ‘Ide em paz e o Senhor vos acompanhe’”, destacou.

D. José Cordeiro partiu da segunda leitura da carta aos Gálatas, em que São Paulo afirma que quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher”, referindo que “Maria é verdadeiramente Mãe de Deus (Theotokos), porque é a Mãe do Filho eterno de Deus feito homem, que também é Deus na unidade do Espírito Santo”.

“Aqui na Sé invocamo-la com o nome de: Santa Maria de Braga e Senhora do leite”, indicou, realçando que é admirável o mistério da Virgem-Mãe, como é rezado no Credo: “E encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e Se fez homem… padeceu e foi sepultado”.

A nossa missão é levar Jesus a todos e todos a Jesus. Ele que se fez carne, habitou entre nós e está vivo no meio de nós. Jesus Cristo é a nossa Páscoa e a nossa Paz”.

Sobre a primeira leitura, do livro dos Números, em que segundo D. José Cordeiro, “Deus abençoa o seu povo na paz, isto é, na vida plena”, o arcebispo salienta que a maior bênção que Deus dá “é o próprio Jesus”.

“Jesus Cristo, a maior bênção do Pai é, por conseguinte, o sujeito de toda a bênção, é aquele que abençoa. Toda a bênção é louvor de Deus e oração para obter os seus dons, porque não é o ser humano que diz bem (abençoa) de Deus, mas Deus que diz bem do ser humano”, disse D. José Cordeiro.

No final da homilia, o arcebispo de Braga enfatizou que “Deus ama, abraça e santifica as coisas de todos os dias”.

“Levar Jesus todos e todos a Jesus é amar e abraçar a realidade. Bom ano no caminho de Páscoa!”, concluiu.

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LJ

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