Beja: Diocese viveu Jornada da Juventude «especial» com a cruz e o ícone da JMJ

Padre Francisco Molho revela aposta em chegar a novos «contextos e a mundos juvenis»

Almodôvar, 29 nov 2021 (Ecclesia) – A Diocese de Beja viveu uma Jornada da Juventude “especial” com o acolhimento dos símbolos da JMJ, que vão peregrinar pelo Baixo Alentejo até dia 31 de dezembro, disse hoje o padre Francisco Molho à Agência ECCLESIA.

“Foi sem dúvida especial, porque é a primeira Jornada Diocesana da Juventude (JDJ) neste caminho de preparação para a Jornada Mundial da Juventude em Lisboa, em 2023, depois por esta graça grande que foi recebermos os símbolos e também pelo número de participantes, que cresceu bastante em relação às edições anteriores”, indicou o coordenador do Comité Organizador Diocesano (COD) de Beja para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2023, que vai decorrer em Lisboa.

A Diocese de Beja realizou a sua JDJ este sábado, em Mértola, encontro adiado em cerca de uma semana para que pudesse receber os dois símbolos da JMJ, vindos da Diocese do Algarve.

O padre Francisco Molho salienta que esta iniciativa “foi importante” porque há dois anos não se realizava, por causa da pandemia de Covid-19, e “sabe sempre a reencontro, retomar tradições”, gerando um sentimento de “muita alegria”.

Segundo o coordenador do COD de Beja, a escolha de Mértola para esta receção aos símbolos e realização da JDJ foi simbólica, por se tratar de “uma vila no Alentejo interior, até de difícil acesso geográfico”.

“Procuramos que a jornada fosse ali para ter uma dinâmica de evangelização, que a presença desta juventude também pudesse deixar sementes que venham a germinar”, realçou.

O sacerdote de Beja considera que “é bastante importante” a manifestação pública da fé, num “Alentejo muitas vezes esquecido”, e levar os símbolos a todos os contextos de periferia, “quer geográficos, quer sociais”, como quer o Papa Francisco, e mostrar que “Cristo e a sua mãe, a Virgem Santa Maria, estão próximos de todos, sem distinção”.

“Que todas as cidades, vilas e aldeias do Alentejo sintam que são importantes para Deus e também o são para a sua Igreja, por isso, não queremos deixar ninguém de fora e que sintam esta presença próxima e amiga”, acrescentou.

Depois de passarem este sábado e domingo em Mértola, a peregrinação da Cruz Peregrina e do ícone de Nossa Senhora ‘Salus Populi Romani’ prossegue no Baixo Alentejo

“Estamos em Almodôvar, na praça central, e as pessoas estão a passar e a parar, algumas perguntam o que é”, relatou o sacerdote.

O padre Francisco Molho adianta que o programa da peregrinação dos símbolos na Diocese de Beja “não está totalmente definido”, mas existem já “alguns apontamentos interessantes”, como na Paróquia de São Teotónio, que organizou um espetáculo multimédia na fachada da igreja.

“O nosso apelo tem sido no sentido de não ficar só nas igrejas mas também procurar outros locais onde os jovens possam estar. Temos feito um investimento grande para entrar nas escolas, algumas têm-nos aberto as portas, o que parece bastante positivo, e temos procurado estar em espaços públicos, nas praças centrais, nos mercados”, explica.

Certa é a passagem pelo Instituto Politécnico de Beja e também pelo hospital, enquanto ainda esperam resposta dos dois estabelecimentos prisionais que existem no território da diocese.

Foto Samuel Mendonça/Folha do Domingo

O responsável pela pastoral da juvenil na Diocese Beja espera “um mês de profunda evangelização” com a peregrinação dos símbolos, que possa ser “uma etapa de revitalização e renovação da juventude”, até 31 de dezembro.

O COD de Beja tem uma “equipa missionária” a acompanhar os símbolos durante este mês, para que a sua passagem “não fique desapercebida”.

“Estamos apostados em aproveitar esta ocasião como uma oportunidade única para chegar a contextos e a mundos juvenis que dificilmente chegaríamos sem estes símbolos, para que todos os jovens possam ao menos ouvir falar da jornada, que no fundo é ouvir falar de Jesus Cristo”, realçou.

CB

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