Aveiro: Novo triénio convida diocese à «corresponsabilidade, sinodalidade e ministerialidade»

«Não tenhamos medo de arriscar quando se trata de fazer opções pastorais» – D. António Moiteiro

Aveiro, 08 out 2024 (Ecclesia) – A Diocese de Aveiro apresentou o seu plano pastoral para o próximo triénio, entre 2024 e 2027, que tem na “corresponsabilidade, sinodalidade e ministerialidade” três palavras-chave, que vão envolver as comunidades, ajudadas pelo episódio dos discípulos de Emaús.

“A Igreja só se entende na corresponsabilidade ministerial, quando cada um se sente ao serviço dos outros, sendo fundamental aprender a ouvir-nos uns aos outros – bispo, padres, diáconos, religiosos e leigos; todos, todos os batizados”, explica o bispo de Aveiro, na mensagem do novo programa, que foi apresentado este sábado, no seminário.

‘Deus caminha connosco’ é o tema do projeto pastoral da Diocese de Aveiro para o triénio de 2024 a 2027, e D. António Moiteiro destaca três palavras-chave – “corresponsabilidade, sinodalidade e ministerialidade” –, realçando que identificados “os desafios” é necessário que eles “sejam assumidos por todos e levados à prática”.

“Se a corresponsabilidade exige a participação de todos os batizados, não podemos falar de sinodalidade se não houver empenho e dedicação de todos neste caminho que estamos a trilhar”, salienta, referindo que esta Igreja diocesana “reclama” que se sintam “sempre mais Igreja em caminho de renovação”, para chegar a todos e mais longe.

“Não tenhamos medo de arriscar quando se trata de fazer opções pastorais”, pede D. António Moiteiro.

O projeto diocesano de Aveiro para 2024/2027, tem “como sentido último” ajudar todos a viverem radiantes “a alegria do encontro com Cristo Ressuscitado”, para que o possam reconhecer em todas as realidades diocesanas e comunitárias, querem também corresponder ao “sonho de Deus”, “e são necessárias ações concretas e transformadoras”.

Sendo fundamental que a Igreja promova a justiça social, defenda os mais vulneráveis, cuide da Casa Comum, atenda às realidades e transformações culturais e ao diálogo inter-religioso, mas, acima de tudo, que a Igreja de Aveiro se renove”.

O projeto pastoral diocesano 2024-2027 de Aveiro tem como objetivo geral “promover e animar processos de corresponsabilidade e ministerialidade para uma identidade cristã numa Igreja sinodal”.

Nas linhas orientadoras para repensar a vida diocesana apresentam 15 objetivos pastorais para o triénio, destes seis foram selecionados para este ano 2024/2025, nomeadamente “viver o Ano Jubilar na Diocese, assumindo e vivendo a esperança como raiz da identidade cristã”, implementar o novo itinerário catequético, “sensibilizar o povo de Deus e formar os agentes de pastoral”, nas três palavras-chave.

A Diocese de Aveiro pretende também organizar, discernir e implementar “novas formas de presença da Igreja no território”, conhecer os agentes de pastoral e o seu perfil, e “repensar e reformar a Cúria diocesana”.

O episódio dos discípulos de Emaús vai ajudar a diocese a “enquadrar biblicamente” os objetivos deste ano e do triénio, em termos de método – “fazer caminho, escutar, discernir, formar, enviar” – e de fundamento.

A Diocese de Aveiro escolheu para o triénio uma imagem com ‘mel, colmeia, favos, abelhas’: a colmeia é uma metáfora para falar da Igreja, “a cooperação da comunidade na vida dos fiéis”, como o trabalho das abelhas, enquanto os favos de mel representam “a presença e participação na construção e revitalização” desta Igreja.

A introdução ao novo projeto pastoral indica que a carta pastoral ‘Deus caminha connosco’, de D. António Moiteiro, publicada no encerramento do jubileu dos 600 anos da catedral, e a síntese diocesana da consulta Sinodal, são “guias valiosos e sinais de esperança” para compreenderem “o plano divino na realidade atual”.

CB/OC

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