Algarve: Bispo incentivou clero a ser o «bom pastor» que «acolhe, cuida, alimenta, defende, procura, perdoa e faz festa»

D. Manuel Quintas lembrou que limitações da pandemia Covid-19 impediram «de realizar plenamente» a missão

Foto Folha de Domingo/Samuel Mendonça

Faro, 20 jun 2020 (Ecclesia) – O bispo do Algarve disse aos sacerdotes da diocese que são “chamados a ser pastores à maneira do coração de Cristo”, esta sexta-feira, na homilia da Missa Crismal que presidiu na Sé de Faro.

“Ser sacerdote segundo o coração de Cristo – bom pastor, que acolhe, cuida, alimenta, defende, procura, perdoa e faz festa, significa revestir-se de Cristo de modo a assumir os seus sentimentos”, explicou D. Manuel Quintas.

Na informação enviada à Agência ECCLESIA, pelo jornal diocesano ‘Folha do Domingo’, o bispo do Algarve afirmou que “seguir Cristo significa dispor-se ao dom total de si mesmo”, mesmo em tempo de “dificuldade no ministério” como recentemente com a pandemia Covid-19 que obrigou ao isolamento.

“As limitações que vivemos impediram-nos de realizar plenamente aquela que é nossa missão, aquele que é o nosso ministério, aquele que é um serviço às comunidades que nos estão confiadas”, acrescentou, calculando que os últimos meses “não tenham sido fáceis”.

D. Manuel Quintas destacou a presença dos dois sacerdotes recuperados do coronavírus Covid-19 que foram aqueles que, “de certa maneira, uniram mais a todos aqueles que foram atingidos pelo vírus” no Algarve.

“A sua presença é para nós sinal de esperança, sinal de que a nossa oração por eles valeu a pena. Os próprios médicos reconheceram que houve alguma coisa que lhes escapou, que não sabem explicar”, salientou, e pediu aos diocesanos para “não facilitar” perante a pandemia.

A Igreja Católica celebrou esta sexta-feira a Solenidade do Coração de Jesus, com um dia de oração pela santificação do clero e, em Portugal foram também celebradas as Missas Crismais em mais de uma dezena de dioceses, depois do seu adiamento na data tradicional de Quinta-feira Santa, por causa da pandemia de Covid-19.

Foto Folha de Domingo/Samuel Mendonça

D. Manuel Quintas lembrou aos sacerdotes que devem ter um “coração agradecido, misericordioso, compassivo, vigilante e revestido da coragem” que vem “não apenas de identificação com Cristo”, mas particularmente de se abrirem à “ação do Espírito Santo”, a partir das cinco palavras da mensagem da Congregação para o Clero aos sacerdotes, extraídas da carta que o Papa Francisco lhes dirigiu no centenário do Santo Cura de Ars

A celebração ficou também marcada pela renovação das promessas sacerdotais do clero, e pela bênção dos óleos dos catecúmenos e enfermos e pela consagração do óleo do Crisma, que vão ser usados no próximo ano nos sacramentos do Batismo, Crisma, Ordem ou Santa Unção, ou na dedicação dos altares ou de novas igrejas.

D. Manuel Quintas recordou os sacerdotes que este ano celebram jubileus sacerdotais, – 25, 50 e 60 anos de ordenação sacerdotal – e começou por lembrar o bispo emérito da diocese, D. Manuel Madureira Dias que celebrou esta sexta-feira o 32º aniversário da sua ordenação episcopal.

O bispo do Algarve pediu também aos diocesanos que estimem os seus párocos, “rezai cada dia por eles e por mim, para que o nosso amor fiel a Cristo se alimente cada dia do testemunho e da palavra que vos anunciamos e se fortaleça sempre mais no da Eucaristia que vos distribuímos”, informa o jornal ‘Folha de Domingo’.

CB

 

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