Advento: Arcebispo de Braga convida à solidariedade e ao voluntariado

D. Jorge Ortiga fala num mundo «sem valores» e em «pessoas a necessitarem de gestos representativos da ternura de Deus»

Braga, 30 nov 2015 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga diz que este tempo de Advento é um desafio às comunidades católicas para “acordarem da sonolência” e se empenharem na construção de “um mundo melhor”.

Numa nota pastoral enviada à Agência ECCLESIA, D. Jorge Ortiga realça que o Advento, a caminhada para o Natal, só faz sentido quando serve para preparar o mundo para acolher a Cristo.

“E o mundo”, refere o prelado, “está a ser construído sem referência a valores e princípios que deviam ser identificativos da nossa identidade portuguesa”.

Neste sentido, o arcebispo bracarense convida as suas comunidades a assumirem a condição de missionárias, mostrando que “ser cristão é uma opção consciente e desejada, e não apenas tradição”.

“Não basta sermos formalmente cristãos. Isso não abre espaço a um encontro pessoal com Cristo, não nos implica nem nos transforma interiormente”, realça D. Jorge Ortiga, que aponta depois alguns setores da sociedade onde a ação cristã é mais necessária.

Primeiro junto dos mais carenciados, onde é urgente “responder às inquietações de quem sofre com a ausência de bens materiais de primeira necessidade mas também de quem sofre espiritual e psicologicamente”.

Depois no exercício de uma missão solidária, dentro da Igreja Católica ou junto de alguma instituição social.  

“O voluntariado, na comunidade e a partir da comunidade, mostra a alegria do compromisso responsável. Jesus está aí”, lembra o arcebispo.

Também na disponibilização de tempo para a família, para o diálogo com os amigos, com os vizinhos, com quem “se afastou da Igreja”.

“Há vizinhos que não conhecemos e pessoas a necessitarem de gestos representativos da ternura de Deus”, alerta D. Jorge Ortiga, que termina com uma interpelação:

“Levantemo-nos do sono e vislumbremos o Menino que vem ao nosso encontro. Não desperdicemos a graça deste tempo para um encontro mais consciente com Cristo”, conclui.

JCP

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