Açores: Câmara de Angra atribui diploma de reconhecimento cívico a cónegos Hélder Fonseca Mendes e Francisco Dolores

Sacerdotes foram distinguidos nos 490 anos de elevação de Angra a cidade pelo serviço prestado no território

Angra do Heroísmo, Açores, 23 ago 2024 (Ecclesia) – A Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, nos Açores, distinguiu  os cónegos Hélder Fonseca Mendes e Francisco Dolores com o diploma de reconhecimento cívico, numa cerimónia que decorreu nos Paços do Concelho.

A distinção pretendeu reconhecer publicamente o contributo dos sacerdotes na vida de Angra, no dia em que se assinalaram os 490 anos da elevação a cidade, informa o ‘Igreja Açores’.

Membros do Cabido da Catedral, os dois cumpriram todo o ministério sacerdotal sempre ligados a Angra do Heroísmo.

Nascido a 9 de julho de 1949, o cónego Francisco Dolores celebra este ano 50 anos de ordenação sacerdotal, ao longo dos quais desempenhou a função de vigário cooperador das Lajes, pároco de Santa Bárbara e Doze Ribeiras, da Terra Chã, Posto santo e São Bartolomeu.

Assumiu também o papel de pároco e reitor do Santuário de Nossa Senhora da Conceição, tendo promovido as comemorações dos 450 anos de elevação a paróquia e restaurado a Confraria de Nossa Senhora da Conceição, indica o portal de notícias da Diocese de Angra.

Além disso, o cónego Francisco Dolores, de 75 anos, foi chefe de redação do jornal ‘A União’ e fundador do Renovamento Carismático Católico de Angra, assistente do Conselho Central das Conferências Vicentinas, do Movimento da Mensagem de Fátima e assistente da Cáritas da Ilha Terceira.

Foto: Agência ECCLESIA/LFS

Já o sacerdote Francisco Hélder Fonseca Mendes nasceu a 4 de setembro de 1964 e ordenado sacerdote a 26 de junho de 1988, sendo por isso padre há 36 anos.

É licenciado em Teologia pela Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa (UCP) e realizou especialização em Teologia Prática pelo Instituto Superior de Pastoral de Madrid, onde foi certificado com Aptidão Pedagógica.

O sacerdote é ainda doutorado em Teologia pela Universidade Pontifícia de Salamanca (Diário da República II Série nº. 164, 26/8/2005) e Investigador Integrado do Centro de Estudos de Culturas e Religiões da UCP.

Ao longo do ministério, foi pároco da Ribeirinha, na ilha Terceira, diretor do Secretariado Diocesano da Educação Cristã, vice-provedor da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo, ouvidor da Ilha Terceira e juiz da Irmandade de S. Pedro ad Vincula.

O cónego foi pároco da Sé durante 24 anos, 18 dos quais acumulou com o cargo de vigário-geral.

Entre novembro de 2021 e janeiro de 2023, período de sede vacante da diocese de Angra, foi administrador diocesano.

Atualmente, o sacerdote é capelão Magistral da Ordem Soberana e Militar de Malta.

Mais de 20 personalidades foram homenageadas na cerimónia de quarta-feira, que contou com uma conferência do cónego João Maria Mendes, presidente do Instituto Histórico da ilha Terceira, sobre “Angra: de Vila a Cidade Episcopal”; na ocasião foi ainda lançado o selo “Açores em Festa”.

Angra do Heroísmo foi elevada a cidade a 21 de agosto de 1534, através de carta régia, passada em Évora, por D. João III, e três meses depois foi criada a diocese, pela bula Aequum reputamus, de 5 de Novembro de 1534.

Os muitos serviços prestados pelos moradores em prol das armadas e das naus da Índia esteve na origem da elevação de Angra a cidade.

O monarca entendeu que os atos justificavam que Angra detivesse as mesmas liberdades e privilégios das outras cidades do Reino, constituindo-se assim a primeira cidade dos Açores.

LJ/OC

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