Açores: Bispo de Angra agradece «todo o progresso» que o padre António Rego «trouxe à comunicação social da Igreja»

Celebração na Igreja Matriz de Ponta Delgada assinalou os 60 anos de ordenação sacerdotal do padre e jornalista

Ponta Delgada, 21 jun 2024 (Ecclesia) – O bispo de Angra enviou uma mensagem ao padre António Rego, lida na Missa que assinalou os 60 anos da sua ordenação sacerdotal, referindo que é “embaixador” da açorianidade e agradecendo “todo o progresso” que trouxe à comunicação social da Igreja

“Quero agradecer-lhe todo o progresso que trouxe à Comunicação Social da Igreja, onde foi pioneiro em muitas áreas e de cujo saber e competência hoje beneficiamos”, afirmou D. Armando Esteves Domingues.

Numa mensagem lida no fim da Missa presidida pelo padre António Rego, na igreja onde foi ordenado, a Matriz de Ponta Delgada, há 60 anos, o bispo de Angra agradeceu o “reconhecimento pelo ministério cheio de frutos ao longo dos anos e nos mais diversos lugares e missões”.

Digo-lhe que nos deixa um santo orgulho por termos em si um ilustre membro do nosso Presbitério e um autêntico embaixador da nossa açorianidade sempre assumida com orgulho e que tem moldado a sua forma amiga de estar com todos e para todos”.

“Que Deus o abençoe e cubra do Seu amor neste belo dia de aniversário de Ordenação”, acrescentou o D. Armando Esteves Domingues.

A Missa que celebrou os 60 anos de ordenação sacerdotal do padre António Rego foi promovida pela Ouvidoria de Ponta Delgada e contou com a participação de familiares, amigos do tempo de Seminário, em Angra, e uma representação do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, onde foi diretor o sacerdote dos Açores.

Foto Agência ECCLESIA/PR

Natural das Capelas, na Ilha de São Miguel, onde nasceu em 1941, o António Rego foi ordenado sacerdote no dia 21 de junho de 1964, iniciando o seu ministério em Angra do Heroísmo, até ser enviado para trabalhar na comunicação social, em Lisboa.

Ao longo de mais de 50 anos como padre e jornalista, o padre António Rego foi autor dos programas “Hoje é domingo”, “Nota do Dia”, “Meditando”, “Diálogo com os que Sofrem”, “Esquema XIII”, “Verdade e Vida”, “Andar faz caminho”, “Toda a Gente é Pessoa”, “O homem sem tempo”, “Alfa e Omega”, “70×7”, “Palavra entre palavras”, “Reflexo”, “Oitavo Dia”.

Primeiro na rádio e nos jornais, na Diocese de Angra, o sacerdote trabalhou depois na Renascença, entre 1968 e 1975, e, até 1992, nos jornais nacionais, nos canais nacionais da rádio e na televisão públicas, no cinema, nas cooperativas audiovisuais e no Secretariado Nacional das Comunicações Sociais.

Convocado desde o início para o projeto TVI, iniciou como diretor de informação da estação que começou as emissões em fevereiro de 1993 e nela continuou como coordenador de programas religiosos, da transmissão da missa e depois como autor, produtor e realizador do programa “Oitavo Dia”.

O regresso à direção do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, em 1996, correspondeu também à conclusão do diálogo entre as confissões religiosas radicadas em Portugal para uma presença conjunta na rádio e na televisão públicas, com o programa “A Fé dos Homens”, primeiro na RTP2, desde 15 de setembro de 1997, e depois na Antena, a partir dia 1 de novembro de 2009.

Na homilia da Missa que celebrou os 60 anos de ordenação sacerdotal do padre António Rego, o cónego Adriano Borges, pároco da Igreja Matriz de Ponta Delgada, referiu-se à “voz inconfundível” do sacerdote açoriano, nomeadamente no programa 70×7

Chegava a casa mostrando outras casas, outros lugares, outros mundos, outros ambientes, que não eram missas, igrejas, sacristias, bispos hierarquias. Era a vida real, concreta, a vida difícil de todos os dias de muita gente, no nosso país profundo”.

Após 23 anos de colaboração na TVI e 52 anos de trabalho pastoral realizado a partir da Diocese de Lisboa, onde se incardinou e era cónego da Sé Patriarcal, o padre António Rego regressou aos Açores em fevereiro de 2020, no início da pandemia, encontrando-se a residir com a família.

PR

Entrevista: «Nunca se comunica para ninguém, há sempre alguém do lado de lá que nos espreita» – Padre António Rego (c/vídeo)

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