25 de Abril: «Que esta data sirva para valorizarmos e preservarmos os valores humanos, da liberdade, da igualdade e da democracia, numa sociedade plural» – Bispo de Viseu

D. António Luciano publicou mensagem a propósito do 50.º aniversário da Revolução, realçando que ainda existe «um longo caminho a percorrer»

Foto: Agência ECCLESIA/HM

Viseu, 24 abr 2024 (Ecclesia) – O bispo de Viseu escreveu um mensagem no âmbito da comemoração dos 50 anos do 25 de Abril, desejando que a data lembre sempre todos “da importância dos valores humanos”.

“O 25 de Abril abriu as portas a um regime democrático, onde a liberdade e a responsabilidade, perante os outros e as instituições, tiveram um papel importante na mudança e transformação da sociedade portuguesa. Que esta data sirva para valorizarmos e preservarmos os valores humanos, da liberdade, da igualdade e da democracia, numa sociedade plural”, manifestou D. António Luciano.

No ano em que marca 50 anos desde o fim da ditadura, o bispo de Viseu manifesta gratidão “a todos aqueles que contribuíram para o fim pacífico da ditadura, inaugurando um tempo marcado pela esperança de uma vida melhor e de uma sociedade mais plural e justa”.

Ainda assim, o bispo assinala que ainda existe “um longo caminho a percorrer, num momento marcado por grandes desigualdades sociais e económicas, onde a guerra continua a afetar tantas nações”.

Na mensagem com o título “Que o 25 de Abril nos lembre sempre da importância dos valores humanos”, D. António Luciano pede a todos os cidadãos que se empenhem “nos valores próprios da humanidade”, contribuindo para “um povo feliz e uma nação desenvolvida, justa e próspera”.

“Devemos, por isso, estar atentos e vigilantes no compromisso de um bem maior de todos, no respeito pelas diferenças e minorias”, defende.

O bispo de Viseu apela a que “os valores da Revolução dos Cravos ajudem os cidadãos na renovação, modernização, inovação e desenvolvimento de Portugal, procurando zelar pelos direitos e deveres de todos, defendo a liberdade, a igualdade e a democracia”.

“Participemos todos na construção de uma sociedade civil através da abertura a um pluralismo político sadio, eleições livres e liberdade do uso dos meios de comunicação social”

No final da mensagem, D. António Luciano faz um pedido “aos católicos, politicamente comprometidos, no Governo, nas autarquias, organismos e instituições de solidariedade social, para que contribuam para erradicar a pobreza, o desemprego, as injustiças, a corrupção e as desigualdades sociais, que criam tantas vulnerabilidades na vida das pessoas”.

“Sejamos construtores de uma sociedade plural, desenvolvida, próspera, justa, solidária e fraterna para todos”, conclui.

LJ/OC

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