Voluntariado: Confederação Portuguesa alerta para impacto da crise climática e da pobreza

Dia Internacional de 2021 centra-se no combate à exclusão e desigualdade social

Lisboa, 04 dez 2021 (Ecclesia) – A Confederação Portuguesa para o Voluntariado (CPV) alertou, em mensagem para o Dia Internacional do Voluntário 2021, para o impacto da crise climática e da pobreza, no país e no mundo.

“Em Portugal, não faltam estatísticas evidentes desta gritante tragédia que nos deixam perplexos por atingirem classes sociais de nível médio. Já não só os alunos dos ensinos básico e secundário. Há muitos que podem ter acesso ao ensino universitário, outros até que chegam a integrá-lo e são obrigados a desistir por falta de capacidades financeiras”, refere a Direção da CPV, em comunicado enviado à Agência ECCLESIA.

O Dia Internacional do Voluntário é assinalado anualmente a 5 de dezembro, por decisão da ONU, e tem como tema, em 2021, ‘Voluntário para um futuro inclusivo’.

É oportunidade para refletir, este ano, sobre de sensibilização para que outros aceitem abraçar esta forma de cidadania; de festa para celebrar tanta doação que faz alimentar a esperança de que habitamos uma casa comum; de gratidão pelo muito que se tem feito apenas e só a pensar no bem, muitas vezes, de quem nem sequer se conhece o nome ou o lugar”.

A CPV refere que mais de dois terços da população mundial se encontra “em situação de exclusão social”, apelando a uma concertação “de medidas políticas e de transformações económicas”.

“A pobreza geracional deveria ser considerada um crime contra a humanidade”, sublinha o comunicado.

A nota alerta ainda para as “trágicas consequências das aceleradas alterações climáticas” sobre milhões de pessoas.

A Confederação Portuguesa para o Voluntariado saúda os milhões de voluntários, empenhados “por um futuro mais humano, onde todos contem”.

O texto dirige-se a mais de 600 mil voluntárias e voluntários em Portugal, particularmente aos que, “nas mais diferenciadas áreas, têm colaborado com os vários profissionais no desigual combate contra a Covid-19”.

A organização pede melhores condições para o exercício do voluntariado, “contribuindo assim para a dignificação lusa e para o conhecimento do número real de voluntários existente em Portugal”.

“É clara a importância da missão do voluntário para inclusão dos marginalizados, mas para que essa tarefa possa ser desempenhada com eficácia é importante que a postura dos promotores do voluntariado seja inclusiva dos voluntários nos processos de desenvolvimento, nas suas diferentes áreas, para que o voluntariado tenha um futuro sustentável”, conclui a Direção da CPV, presidida por Eugénio Fonseca.

OC

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